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Política

De jornaleiro a ministro: conheça a trajetória de Carlos Lupi

4 dez 2011 - 20h50
(atualizado às 23h11)
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Não foi "abatido à bala", como condicionou ser a única forma de deixar o cargo, mas sim com uma carta de demissão que Carlos Roberto Lupi saiu do Ministério do Trabalho neste domingo. No comando da pasta desde 2007, durante o governo Lula, o agora ex-ministro não suportou as denúncias de corrupção e irregularidades. Enfraquecido no Palácio do Planalto com as acusações, Lupi não deixou de ser nome forte em seu partido, o PDT, no qual ingressou ainda jovem e veio a substituir Leonel Brizola na presidência, em 2004.

Saindo da aeronave em Grajaú, no Maranhão
Saindo da aeronave em Grajaú, no Maranhão
Foto: Grajaú de Fato / Reprodução

Nascido em Campinas, interior de São Paulo, em 1957, Lupi foi professor e administrador. Como jornaleiro, em 1979, conheceu Brizola. Carlos Lupi dirigia uma banca no Rio de Janeiro em frente ao hotel onde Brizola se hospedou logo após seu retorno e onde o político foi procurar jornais do Rio Grande do Sul. Daí em diante os dois se tornaram amigos e iniciaram a preparação para que o jovem militante para sucedê-lo na direção nacional do PDT e se tornar assim o herdeiro político de Getúlio Vargas e João Goulart. Foi nomeado vice-presidente do partido e assumiu a liderança do PDT em junho de 2004 com a morte de Leonel Brizola.

Com licenciatura plena em Administração, Economia e Contabilidade, em 1983 Lupi assumiu a coordenação das Regiões Administrativas da prefeitura do Rio de Janeiro, seu primeiro contato com a administração pública, no governo de Marcelo Allencar. Sete anos mais tarde foi eleito deputado federal pelo PDT e fez parte da comissão que elaborou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Foi considerado deputado nota 10 pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Com o apoio do PDT à candidatura de Lula à Presidência, na eleição de segundo turno, em 2006, seu nome foi indicado para responder pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Com a eleição de Dilma Rousseff, foi mantido no cargo.

Geração de emprego

O Brasil cresceu em geração de emprego durante o período Lupi e viveu a maior criação de postos com carteira assinada da história. Priorizando jovens, o ministro conseguiu em 2008 aumentar em oito vezes os recursos destinados para programas de capacitação profissional. Em fevereiro deste ano, o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil foi maior de 280 mil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A situação permitiu à presidente Dilma sugerir, durante encontro do G20, que os países da Europa invistam em geração de emprego para tentar burlar a crise econômica.

Carlos Lupi também conseguiu avançar com a regulamentação do trabalho aos domingos, a ampliação dos cursos gratuitos no Sistema S e a regulamentação das centrais sindicais. Membro dos conselhos que administram o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), propôs a criação de novas linhas de crédito, como a Linha Pró-Cotista do FGTS, com a qual o trabalhador consegue juro mais baixo para a compra da casa própria.

Fonte: Terra
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