De olho em crescimento de Marinho, Pacheco diz que Senado colaborou com Bolsonaro
Ao citar os projetos aprovados durante seu biênio, presidente disse que foram os dois anos mais produtivo dos últimos 30
Em busca da reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou em discurso nesta quarta, 1º, que a Casa, ao longo da sua gestão, foi colaborativa e responsável com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala mira conter o crescimento da candidatura rival, do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), embora Pacheco siga favorito.
Ao citar os projetos aprovados durante seu biênio enquanto presidente da Casa, ele disse que foram os dois anos mais produtivo dos últimos 30. "Desafio alguém apresentar pauta-bomba, chantagens feitas com governo anterior, isso não aconteceu", destacou, em discurso em defesa à sua reeleição ao cargo.
O senador deu ênfase às "inúmeras" pautas apreciadas do governo anterior. De olho no seu principal adversário, Pacheco disse que irá defender "prerrogativas de senadores". "Qualquer senador que sofrer retaliação terá pronta resistência do Senado", comentou. Pacheco comprometeu-se com o "pleno funcionamento" dos órgãos da Casa. "Obrigação do presidente do Senado é defender senadores."
"Que possamos dialogar de forma respeitosa, encontrar convergências", declarou. "É preciso fortalecer a comunicação do Senado, mostrar coisas positivas que fazemos." Como um dos desafios, o parlamentar citou não deixar retroceder conquistas do Parlamento.
Judiciário
Pacheco defendeu que a Casa avalie prerrogativas do Judiciário. "Nosso papel é legislar para colocar limites nos Poderes", disse da tribuna da Casa, de onde discursou.
Pacheco disse reconhecer reclamações "sobre relação com Judiciário". Ao longo dos últimos dois anos, sua proximidade com ministros das Cortes Superiores foi alvo de críticas e virou plataforma de campanha de seu principal adversário, o bolsonarista Rogério Marinho. "Se há problema em decisões monocráticas do STF (Supremo Tribunal Federla), legislemos quanto a isso, legislemos sobre ocupação temporal de ministros do STF, é discussão possível."