Defesa de Bolsonaro comunica que vai entregar segundo conjunto de joias ao TCU
Ex-presidente ficou com relógio, caneta e outros itens de luxo dados de presente a comitiva brasileira em viagem à Arábia Saudita.
Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicaram na tarde desta segunda-feira,13, que vão entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU) o segundo lote das joias sauditas que foram anexadas ao acervo pessoal do ex-mandatário. As informações foram divulgadas pelo blog da jornalista Julia Duailibi.
De acordo com o blog, a defesa quer que as peças fiquem sob a guarda do TCU até que o caso seja definido. "Considerando, ainda diante do quanto ventilado nos veículos de imprensa, vem também informar que nesta data peticionou junto ao TCU, requerendo que os bens objeto de representação naquela Corte de Contas, os quais, ao que parece, seriam os mesmos objeto da dita investigação nesta Delegacia de Polícia Federal, sejam depositados naquele juízo, até ulterior decisão acerca dos mesmos.", diz a defesa.
O ex-presidente admitiu na última quarta-feira, 8, à CNN Brasil que ficou com o segundo pacote de joias da Arábia Saudita que chegou ao Brasil pelas mãos da comitiva do então ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque.
No estojo estavam relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (uma espécie de rosário islâmico) rose gold, todos da marca suíça Chopard. O site da loja vende peças similares que juntam somam, no mínimo, R$ 400 mil.
Diferentemente do primeiro, o segundo pacote de joias não foi identificado e apreendido pela Receita ao chegar ao Brasil. Ele foi trazido por um segundo assessor do Ministério de Minas e Energia, no mesmo voo onde estava o primeiro, em outubro de 2021. A entrada do estojo no País não foi declarada, o que pela legislação é um crime. As joias ficaram por mais de um ano nos cofres do Ministério, e foram entregues a Bolsonaro em 29 de novembro do ano passado.