Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Eduardo Cunha pede arquivamento de inquérito da Lava Jato

Segundo Youssef, Cunha teria apresentado requerimentos em uma comissão para investigar empresas que não haviam pagado propina

13 mai 2015 - 20h37
(atualizado em 25/9/2015 às 12h23)
Compartilhar
Exibir comentários
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em foto de arquivo
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em foto de arquivo
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Os advogados de defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reiteraram hoje (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para arquivar inquérito da Operação Lava Jato. A defesa alegou que a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem indícios mínimos de autoria. Cunha foi citado em depoimento de delação premiada do doleiro Alberto Youssef.

De acordo com o advogado Antônio Fernando de Souza, ex-procurador-geral  da República, a PGR não anexou ao pedido de abertura de inquérito trecho do depoimento no qual Youssef afirma que nunca teve contato com Eduardo Cunha e não vivenciou os fatos que relatou.

Siga o Terra Notícias no Twitter

Em depoimento de delação premiada, Youssef informou que o empresário Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de desvios na Petrobras, disse a ele que Cunha apresentou requerimentos em uma comissão da Câmara dos Deputados para investigar as empresas Toyo e Mitsue, que teriam deixado de pagar propina.

Lava Jato: Eduardo Cunha depõe e critica lista de investigados:

Para a defesa de Cunha, a procuradoria "esqueceu" de transcrever o trecho no qual o doleiro enfatiza as circunstâncias em que ouviu os supostos fatos. “Isso é fundamental para a correta valoração das informações prestadas", destacou o advogado.

Os advogados disseram que a diligência na qual a procuradoria periciou, semana passada,  o sistema de informática da Câmara dos Deputados, causou surpresa e indignação. “A indignação do peticionante [Cunha], por sua vez, advém do fato de a diligência - ante sua manifesta prescindibilidade – ter sido realizada apenas, ao que parece, para o fim de gerar notícias que dessem a falsa impressão de existirem “elementos muito fortes” (conforme afirmado pela Procuradoria-Geral da República em suas contrarrazões) que subsidiam o presente inquérito e com o único objetivo de desgastar o peticionante publicamente, assim como a Instituição que preside”, alegou a defesa.

Semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esclareceu que o depoimento de um ex-diretor do Centro de Informática (Cenin) da Câmara "reforça suspeitas" de que Cunha foi o autor de requerimentos para pressionar empresas investigadas na Lava Jato.

Janot citou depoimento em que Luiz Antônio Eira, ex-diretor do Cenin, relatou a três procuradores como funciona o sistema que registra  requerimentos apresentados pelos deputados. O depoimento foi prestado no dia 29 de abril, um dia após Luiz Antônio Eira ser exonerado do cargo de diretor. A procuradoria suspeita que os requerimentos foram elaborados por Cunha em 2011, pois o nome dele aparece como autor em dois deles. Cunha sustenta que os requerimentos não foram apresentados por ele, mas por Solange Almeida, ex-deputada e  atual prefeita de Rio Bonito (RJ).  

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade