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Política

Deputado bolsonarista tem redes sociais retidas por disseminação de fake news

Nikolas Ferreira (PL) divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral e urnas eletrônicas

5 nov 2022 - 01h26
(atualizado às 09h53)
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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve as suas contas oficiais retidas no Twitter e no Instagram na noite desta sexta-feira, 4. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar eleito divulgou, ao longo do dia, uma série de publicações com informações consideradas falsas sobre o processo eleitoral.

A primeira suspensão ocorreu no Twitter. Ao acessar o perfil, aparece o aviso de que aquela conta foi retira em resposta a uma decisão judicial. Mais tarde, o Instagram de Nikolas Ferreira também foi desativado.

A live rapidamente foi usada por aliados bolsonaristas, incluindo Nikolas, para disseminar a desinformação. O principal argumento apresentado no vídeo é de que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para o petista Luiz Inácio Lula da Silva do que para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Esses modelos, diz o dossiê, não teriam sido submetidos a testes de segurança. Apenas a urna 2020 teria passado pelo crivo de peritos de universidades federais e das Forças Armadas.

Nikolas Ferreira foi o Deputado Federal eleito com maior número de votos
Nikolas Ferreira foi o Deputado Federal eleito com maior número de votos
Foto: Poder360

No entanto, como mostrou o Estadão, essa informação é falsa porque todos os modelos da urna já tinham sido submetidos a teste. Quando os militares apresentaram mais de 80 questionamentos ao TSE sobre a urna eletrônica, uma das principais cobranças era que apenas o modelo 2020 não tinha sido submetido à testagem.

Por isso, o Ministério da Defesa insistia que essa inspeção técnica fosse realizada. Os demais aparelhos, fabricados em outros anos e já utilizados inclusive na eleição de 2018 em que Jair Bolsonaro foi eleito, tinham sido submetidos ao chamado Teste Público de Segurança (TPS) em anos anteriores. Diante da pressão dos militares, o TSE submeteu o modelo 2020 a análise de peritos de universidades federais. O vídeo mente ao dizer que os modelos antigos nunca foram testados.

Estadão
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