Maioridade penal: deputados celebram (e lamentam) rejeição
Enquanto alguns comemoram na web a rejeição do projeto da redução da maioridade penal, outros lamentam o resultado e "atacam" os "culpados"
Basta abrir as redes sociais nesta quarta-feira (1°) para perceber: a votação da redução maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes graves realizada na Câmara dos Deputados na noite anterior é o assunto do momento. E não só de eleitores, mas também dos próprios parlamentares. Enquanto alguns usam seus perfis para comemorar a rejeição do texto, outros aproveitam para lamentar (e também culpar aqueles que votaram contra a medida).
Maioridade penal: saiba como cada deputado votou
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Jean Wyllys (Psol), assíduo usuário do Facebook, é um dos integrantes do primeiro grupo. "Vencemos! A maioridade penal não foi reduzida! Fascistas, racistas, homofóbicos, não passarão" , escreveu junto às hashtags #ReduçãoNãoÉASolução #VotoContra171 e #VouBarrarARedução.
Seu companheiro de partido Ivan Valente foi além e afirmou na mesma rede que esta foi uma "vitória espetacular" e destacou a "cara de tacho" do presidente da Casa, um dos defensores do projeto. "Vitória espetacular da juventude, da democracia e de toda a sociedade brasileira. A cara de tacho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e dos parlamentares da bancada da bala é a imagem da desolação da truculência. Vencemos! A juventude está em festa no gramado em frente ao Congresso! #VoaJuventude #VotoContra171 #BarramosARedução #ReduçãoNãoÉSolução", postou.
Entre os parlamentares do PT, Erika Kokay, Paulo Teixeira e Maria do Rosário foram alguns que celebraram na web. Esta última, por meio de sua equipe, também fez um ressalva relembrando que o texto original ainda não foi votado. "Uma grande vitória para a juventude brasileira. Acaba de ser rejeitada na Câmara Federal a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos. Seguiremos firmes na luta contra a redução, pois a proposta original ainda será votada", afirmou.
Venceu o texto da Constituição de 1988, contra o retrocesso q buscavam os ñ constituintes de hj, mas q se arvoram um poder q nem possuem.
— Maria do Rosario (@_mariadorosario) 1 julho 2015
No time dos que lamentaram o resultado da votação está o deputado Alberto Fraga (DEM), que culpou o Partido dos Trabalhadores pela rejeição da proposta. "O governo petista entra pesado no toma lá, da cá, e muda voto de deputados. Coisa absurda. O povo precisa conhecer quem defende menor bandido. #reduaçãojá #chegadeimpunidade #vamosvotarsim", escreveu em sua página do Facebook.
Uma vitória como essa, que defende a impunidade, eu não teria coragem de comemorar! Perde o povo e ganha o PCC, os bandidos e o PT.
— Alberto Fraga (@alberto_fraga) 1 julho 2015
Bruno Covas (PSDB) também atacou o partido. "Há mais de 22 anos em discussão, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos foi rejeitada. Embora tenha tido 303 votos favoráveis contra 184, a PEC para ser aprovada precisava de 308 votos. Votei, assim como o PSDB, a favor da redução da maioridade penal para crimes hediondos por considerar inaceitável a impunidade. Não prevaleceu o bom senso e o respeito à vontade da maioria da população. Mais uma vez, por culpa do PT", disse.
O pastor Marco Feliciano (PSC) foi mais sucinto. Publicando uma imagem dele durante a votação, declarou apenas: "Fiz minha parte! Votei sim à redução da maioridade penal".