Deputados dos EUA enviam carta a Trump cobrando sanções contra Moraes
Congressistas americanos pedem que presidente use a chamada Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro; entenda
Deputados americanos filiados ao Partido Republicano enviaram na quinta-feira, 20, uma carta ao presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo punições ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, os deputados Rich McCormick e Maria Elvira Salazar alegam que posicionamentos do magistrado teriam supostamente forçado o autoexílio nos EUA do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
"O fato de que Eduardo Bolsonaro, o congressista mais votado da história do Brasil e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi forçado a buscar exílio nos Estados Unidos demonstra a deterioração alarmante da democracia no maior país da América do Sul", escreveu Rich McCormick no X, onde postou a íntegra da carta. (Confira abaixo)
The fact that @BolsonaroSP, the most voted Congressman in Brazil's history and son of former President @jairbolsonaro, has been forced to seek exile in the United States demonstrates the alarming deterioration of democracy in the largest country in South America. Representative… pic.twitter.com/UioNwgbIGg
— Congressman Rich McCormick, MBA MD (@RepMcCormick) March 20, 2025
Como forma de punição, os congressistas pedem que Trump use a chamada Lei Magnitsky, dispositivo da legislação americana que sanciona economicamente ou proíbe a entrada em solo americano de empresas e cidadãos que estiverem sendo corruptos ou violando os direitos humanos.
De acordo com a carta assinada por McCormick e Maria Elvira, o ministro do STF não é um “problema” apenas ao Brasil, mas também uma “ameaça crescente aos EUA”, usando como exemplo as disputas jurídicas entre o ministro e as plataformas X e Rumble.
“As flagrantes violações aos direitos humanos, a censura aos opositores políticos e o uso do poder judicial para fraudar eleições justificam sanções imediatas”, alegaram os deputados.
“Moraes deve responder pelos seus abusos dos direitos humanos e ações antidemocráticas”, conclui a carta, afirmando que as penas também devem ser aplicadas contra os “cúmplices” do magistrado, o que faz referência a outras autoridades do Brasil.