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Política

DF: Bolsonaro anda de moto e ouve: 'Abaixa a gasolina, presidente'

Apoiadores da reeleição organizam uma 'lanchaciata' na capital federal com o slogan 'Pela liberdade no Brasil'

15 mai 2022 - 12h05
(atualizado às 12h27)
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Presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores em Brasília
08/08/2021
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores em Brasília 08/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Enquanto apoiadores preparam uma "lanchaciata" em Brasília neste domingo, 15, o presidente Jair Bolsonaro andou de moto pela cidade e foi à Feira do Guará, onde comeu pastel e tomou caldo de cana. Enquanto caminhava e tirava fotos com eleitores, o chefe do Executivo ouviu gritos de "já ganhou", numa referência à eleição de outubro, e também um pedido: "Abaixa o preço da gasolina, Bolsonaro."

Na feira, o presidente estava acompanhado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, cotado para concorrer como vice na chapa de Bolsonaro à reeleição. O aumento da inflação e, principalmente, do preço dos combustíveis, como diesel e gasolina, têm preocupado o comitê de campanha do presidente.

Bolsonaro visitou feiras em Brasília neste domingo. Foto: Iander Porcella

Na última quarta-feira, 11, Bolsonaro decidiu demitir o almirante Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia, após ter reclamado, durante sua tradicional live de quinta-feira nas redes sociais, do preço do diesel e dito que o lucro da Petrobras é um "estupro". No lugar de Albuquerque, assumiu o economista Adolfo Sachsida, que fazia parte da equipe econômica e é apoiador ferrenho do presidente.

Bolsonaro saiu de moto neste domingo pouco depois das 10h. Conversou com apoiadores em uma banca, em frente ao Zoológico de Brasília, onde se vendiam frutas. Depois, foi à Feira do Guará, onde comeu pastel e tomou calda de cana. Foi lá que ouviu o pedido de apoiadores para abaixar o preço da gasolina. O presidente foi, ainda, em outra feira na cidade, onde também tirou fotos com admiradores.

'Lanchaciata' e motociatas

Enquanto Bolsonaro andava de moto por Brasília, apoiadores se concentravam no Lago Paranoá para fazer uma "lanchaciata". É uma variação das motociatas de que o chefe do Executivo participa, só que com embarcações, como lanchas e motos aquáticas.

O slogan do cortejo, "Pela liberdade no Brasil", foi o mesmo usado por apoiadores de Bolsonaro para defender o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de cadeia por ataques à democracia, mas recebeu o perdão presidencial.

Bolsonaro costuma participar de motociatas pelo País. Uma das mais recentes foi a do dia 15 de abril, em São Paulo. Batizado de "Acelera para Cristo", o ato teve também um caráter religioso. Segundo registros de pedágios da Rodovia dos Bandeirantes, a motociata contou com 3.703 motos.

Em dia de feriado de Sexta-Feira Santa, a Bandeirantes ficou interditada para o ato. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Governo de São Paulo, o custo para os cofres públicos da motociata de 15 de abril foi de R$ 1 milhão.

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    Em 1º de maio, Bolsonaro foi a uma manifestação, em Brasília, a favor de Daniel Silveira e contra o STF. Na Esplanada dos Ministérios, o chefe do Executivo cumprimentou apoiadores, mas não subiu no trio elétrico para discursar. Em São Paulo, no mesmo dia, sem participar presencialmente, Bolsonaro optou por enviar um vídeo transmitido aos manifestantes, que se concentravam na Avenida Paulista, por meio de um telão.

    No protesto de 1º de maio em Brasília, a deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou, em discurso num carro de som, que Daniel Silveira era "símbolo da luta pela liberdade", mesmo slogan usado hoje na "lanchaciata". "Nós somos um exército verde e amarelo, criado por um homem, o nosso capitão. Palmas para Jair Messias Bolsonaro. O presidente tem se colocado como a última barreira para que o comunismo tome conta do nosso país", declarou a deputada, durante o ato, que contou com pedidos de destituição dos ministros do STF.

    Estadão
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