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Política

Dilma chega a Nova York para a Assembleia Geral da ONU

23 set 2013 - 10h48
(atualizado às 13h12)
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Presidente Dilma Rousseff é recepcionada com flores na chegada a Nova York, nos Estados Unidos
Presidente Dilma Rousseff é recepcionada com flores na chegada a Nova York, nos Estados Unidos
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

A presidente Dilma Rousseff chegou aos Estados Unidos por volta das 7h desta segunda-feira em Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU, que começa na terça-feira. Dilma não tem compromissos oficiais durante o dia. O evento, que reúne mais de 190 chefes de Estado, ocorre uma semana depois de a presidente cancelar a viagem oficial que faria a Washington em outubro para reuniões com o presidente norte-americano, Barack Obama - ela deve fazer um discurso crítico em relação as denúncias de espionagem norte-americana.

Antes do discurso, previsto para as 9h, ela se encontra com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Dilma será a primeira chefe de Estado a falar, sendo seguida pelo presidente norte-americano Barak Obama, com quem conversou na semana passada sobre as denúncias de espionagem e cobrou explicações.

Os dois presidentes também falarão sobre o conflito na Síria. Tanto Dilma quanto Obama condenarão o uso de armas de destruição em massa. A presidente brasileira, no entanto, deve explicitar mais uma vez a posição do governo do País de não uso de força militar contra o governo sírio. Obama, por outro lado, busca apoio para uma intervenção caso o governo de Bashar Al Assad não entregue as armas químicas imediatamente.

Amanhã, Dilma deve retornar à ONU às 15h para a primeira reunião do Fórum de Alto Nível de Desenvolvimento Sustentável, que reúne ministros de Meio Ambiente anualmente e chefes de Estado a cada quatro. A meta é implementar as metas estabelecidas no documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, intitulado O Futuro que Queremos. Os países se comprometeram, durante a conferência do Rio de janeiro, em 2012, a definir objetivos para o desenvolvimento e a eliminação da pobreza no mundo.

No mesmo dia, Dilma também se encontra com o presidente mundial da companhia Telefônica, Cesar Alierta. Ainda não há previsão de encontro com outros chefes de Estado. Na quarta-feira, a presidente fará o encerramento de um seminário sobre oportunidades em infraestrutura no Brasil e embarca de volta para Brasília.

Espionagem americana no Brasil

Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal tambéminstaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

Monitoramento
Reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores como alvos de espionagem.

De acordo com a reportagem, entre os documentos está uma apresentação chamada "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e Brasil". Nela, aparecem o nome da presidente do Brasil e do presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência daquele país quando o relatório foi produzido.

O nome de Dilma, de acordo com a reportagem, está, por exemplo, em um desenho que mostraria sua comunicação com assessores. Os nomes deles, no entanto, estão apagados. O documento cita programas que podem rastrear e-mails, acesso a páginas na internet, ligações telefônicas e o IP (código de identificação do computador utilizado), mas não há exemplos de mensagens ou ligações.

Com informações da Eco Desenvolvimento e Agência Brasil

Fonte: Terra
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