Dilma diz esperar que Congresso termine em junho aprovação de projetos de ajuste
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que espera que o Congresso Nacional conclua ainda em junho a aprovação das propostas enviadas pelo Executivo para equilibrar as contas públicas, o que será um estímulo para ampliar investimentos em áreas como infraestrutura.
Dilma afirmou, em discurso ao inaugurar um complexo acrílico em Camaçari (BA), que quanto mais rápido as medidas de ajuste fiscal forem aprovadas pelos parlamentares será melhor para o país.
Até o momento, o Congresso aprovou dois dos três principais projetos enviados pelo governo: a MP 664, que alterou as regras de acesso a benefícios previdenciários, e a MP 665, que modificou regras de acesso ao seguro-desemprego. Os parlamentares, no entanto, adiaram para a próxima semana a votação do projeto de lei que reduz a política de desoneração da folha de pagamento.
"Os ajustes têm de ter um prazo o mais rápido possível para ocorrer. Todo o empenho do governo federal é que nós consigamos aprovar no Congresso ainda neste mês de junho", afirmou Dilma no discurso.
"Esses ajustes são para equilibrar as contas públicas, e quanto mais rápido eles ocorrerem, melhor, porque nós não queremos que nada interrompa o processo de desenvolvimento do país", acrescentou.
Dilma reiterou que o governo vêm trabalhando ao mesmo tempo em duas frentes, o reequilíbrio das contas públicas e programas para incentivar o crescimento econômico, como o Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado na semana passada com expectativa de investimento de 198,4 bilhões de reais.
O investimento em infraestrutura, disse Dilma, é um dos fatores importantes para alavancar o desenvolvimento e o novo programa será uma resposta a esse gargalo no "curto prazo".
"Muitas vezes argumentam que um dos fatores que inibe o desenvolvimento do país é a ausência de infraestrutura, e isso é em parte verdade, porque o Brasil ficou muito tempo sem investir", afirmou.
Segundo a presidente, o governo ainda está aberto a incluir novos projetos no programa e também pode fazer eventuais ajustes. "Nós lançamos esse programa semana passada, portanto, estamos a tempo e a hora de fazer os ajustes necessários", disse.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)