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Política

Dilma e Lula defendem PT e ajuste fiscal em congresso do partido

12 jun 2015 - 01h17
(atualizado às 07h45)
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff, se uniram nesta quinta-feira em defesa do Partido dos Trabalhadores (PT), que segundo eles segue "vivo", mas "machucado" pelo escândalo de corrupção na Petrobras.

"O PT continua vivo e muito preparado para novos debates, novos combates. Machucado sim, mas bem vivo", afirmou o ex-presidente durante o quinto congresso nacional do PT, que começou hoje em Salvador.

Dilma e Lula repassaram os avanços sociais conquistados pelo PT durante os últimos 12 anos de governo e garantiram sua manutenção, apesar do ajuste fiscal implantado pelo Executivo para equilibrar as contas públicas.

"Vamos preservar os direitos dos mais pobres, daqueles que precisam mais do Estado". "Todos os programas imprescindíveis para o nosso projeto de desenvolvimento estão inteiramente preservados", disse Dilma.

A presidente, que antecipou seu retorno de Bruxelas para participar do encontro, voltou a defender o ajuste fiscal como medida para retomar o crescimento do país.

Lula reconheceu que o país "tem problemas", mas detalhou que "ninguém está mais preocupado com inflação e com desemprego que os trabalhadores, nosso partido e a presidente".

O ex-presidente pediu ao PT, e à própria Dilma, que não se acomodem e ouçam o que "o povo está dizendo": "Temos de estar sempre vigilantes, corrigindo nossos erros, mudando o que for preciso e conversando sempre com o povo mais humilde, com o povo trabalhador que tanto necessita do nosso partido", assinalou.

Lula também aproveitou para criticar a imprensa brasileira, ao afirmar que o PT está sendo alvo da "mais sórdida campanha de difamação que um partido já sofreu neste país", uma opinião que foi compartilhada pelo presidente do partido, Rui Falcão.

"Como já tentaram no passado, querem acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive, criminalizar o PT - quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais - para, ao final, cassar o registro do nosso partido", disse Falcão no discurso de abertura do congresso.

Para Falcão, um exemplo disso foi a detenção do ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, acusado de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

"Vaccari está preso sem provas, em uma tentativa de criminalizar o partido", opinou Falcão.

O quinto congresso nacional do PT termina no próximo sábado e durante três dias os delegados discutirão a atualização do projeto partidário e a renovação do modelo de organização da legenda, entre outros assuntos.

EFE   
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