Dilma: interferência do mercado nas eleições é inadmissível
A presidente Dilma Rousseff reagiu ao alerta feito pelo Santander, temeroso a uma possível reeleição dela no cargo máximo do Executivo federal brasileiro. Em informe a clientes com renda superior a R$ 10 mil, o banco afirmou que a estabilização ou vitória da presidente nas pesquisas seria prejudicial à economia.
“Um país não deve aceitar uma interferência de qualquer instituição financeira de qualquer nível”, afirmou a presidente, em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo, portal UOL, rádio Jovem Pan e SBT. “Sobre o Santander, eu acho inadmissível. Eu não sei o que farei, eu não vou especular. Eu sou presidenta da República, eu tenho de ter uma atitude mais prudente.”
A presidente sinalizou que não ficou satisfeita com o pedido de desculpas do banco, que, na avaliação dela, foi “bastante protocolar”. “Eu conheço bem o CEO do banco. Eu pretendo inclusive conversar pessoalmente com ele”, disse.
Dilma lembrou que parte do funcionamento da economia gira em torno de expectativa, por isso a reação sobre o tema. Ela comparou o caso à organização da Copa do Mundo e criticou aqueles a quem chama de “pessimistas”. “Eu acho que há no Brasil um jogo de pessimismo inadmissível”, afirmou.