Dilma pode anunciar ministros nesta terça, diz líder do PMDB
Temer e a presidente Dilma Rousseff tiveram uma conversa na segunda-feira de pouco mais de 30 minutos, segundo uma fonte do governo
O Planalto pode anunciar ainda nesta terça-feira nomes de novos ministros para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, afirmou o líder da bancada do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cunha disse ter conversado com o vice-presidente da República, Michel Temer, na véspera, e afirmou que os últimos ajustes seriam discutidos no Palácio na manhã desta terça.
"Falei como Michel, pode ser que agora de manhã tenha alguma coisa", disse o líder a jornalistas, sem deixar claro se os nomes a serem anunciados restringem-se a quadros do PMDB.
"Conversei com ele, deve estar resolvendo isso agora cedo."
Temer e a presidente Dilma Rousseff tiveram uma conversa na segunda-feira de pouco mais de 30 minutos, segundo uma fonte do governo, para tratar sobre nomes do PMDB no futuro ministério.
Atualmente, a cota do partido abarca cinco ministérios: Agricultura, Minas e Energia, Aviação Civil, Previdência e Turismo.
A expectativa do partido é que esse número seja elevado para pelo menos seis pastas. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), por exemplo, é a mais cotada para o Ministério da Agricultura.
Até o momento, Dilma anunciou apenas sua próxima equipe econômica, que prevê a manutenção de Alexandre Tombini no Banco Central, a indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento e o senador Armando Monteiro Neto como novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A presidente pretende anunciar mais integrantes do novo ministério até o dia 29 de dezembro, para dar posse ao novo gabinete no dia 1º de janeiro.
Na segunda-feira, Dilma disse a jornalistas que vai consultar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para saber se nomes cotados para o ministério podem vir a ser indiciados no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção na Petrobras que teria beneficiado políticos e partidos.