Dilma recebe Arthur Chioro, cotado para ocupar Ministério da Saúde
A presidente Dilma Rousseff recebeu em audiência secreta o secretário de Saúde do município de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro, que deve ser nomeado ministro da Saúde na reforma ministerial. O Palácio do Planalto não confirma o motivo da visita nem os participantes, mas segundo informação extraoficial, o encontrou selou o convite para que Chioro integre o governo federal.
Apesar de a definição ter sido feita hoje, os anúncios sobre mudanças na Esplanada dos Ministérios deve ficar para o fim da semana que vem, quando a presidente retorna de viagens consecutivas à Suíça e a Cuba. O atual titular da Saúde, Alexandre Padilha, deixará o governo para disputar o governo de São Paulo.
Embora tenha realizado outras reformas ministeriais, esta é considerada mais importante porque faz parte da estratégia de Dilma em unir aliados em torno de sua chapa à reeleição no pleito de outubro.
Dilma tem à sua disposição pelo menos dois ministérios nos quais é possível alocar novos ministros: Integração Nacional e Portos - que eram ocupados pelo PSB, de Eduardo Campos, potencial rival de Dilma nas urnas. A presidente quer encaixar o PTB e o Pros, na Esplanada, mas conta ainda com o apetite do PMDB, que já ocupa cinco pastas e pretende ampliar sua participação no governo – seja com um ministério a mais, seja trocando o pouco expressivo Ministério do Turismo por outra pasta com mais orçamento.
A presidente quer fazer as alterações no governo até o Carnaval e deverá retomar as discussões com partidos após um périplo internacional que incluem uma viagem a Suíça (onde ela participa do Fórum Econômico Mundial e também de uma visita ao presidente da Fifa, Joseph Blatter) e também a Cuba (onde participa da Cúpula de Estados Latino Americanos e Caribenhos, a Celac).
Os acertos principais vêm sendo realizados desde ontem, após longa reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, a presidente acertou o convite ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para ocupar a Casa Civil com a saída de Gleisi Hoffmann, que disputará o governo do Paraná.