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Política

Dilma: o governo não aprova CPMF, quem aprova é o Congresso

15 set 2015 - 15h50
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Um dia após o anúncio de novas medidas fiscais para reequilibrar as contas, com redução de gastos e aumento de receitas, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (15) que está otimista com a superação da crise e que fará os ajustes para seguir em frente.

Foto: Agência Brasil

“Acredito que o Brasil tem todas as condições, e sou extremamente otimista no que se refere à superação das dificuldades que nós temos enfrentado. Sou otimista porque, nesses últimos anos, nós acumulamos um grande arsenal para reagir. O Brasil está passando por alguns problemas, é verdade. Mas ele é mais forte e maior que esses problemas”, disse a presidenta, em discurso, durante a entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.

Dilma citou políticas de agricultura e de inclusão de microempreendedores como exemplos de bases para a recuperação da economia brasileira. “Temos conquistas que nós não vamos deixar atrás. Nós vamos fazer os nossos ajustes, e vamos seguir em frente”.

A presidente voltou a criticar os que são pessimistas quanto à situação da economia brasileira, e disse que o momento é de união para ajudar o país a voltar a crescer. “Esse país é muito maior que os pessimistas de plantão querem fazer crer, esse país tem capacidade criativa e, sobretudo, quando estamos juntos somos capazes, sim, de superar desafios e dificuldades. Temos que nos dedicar de corpo e alma a construir a trajetória para o país voltar a crescer”.

Nova CPMF

Dilma defendeu a iniciativa do governo de propor a recriação de um tributo nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CMPF), mas disse que a aprovação da medida depende do Congresso Nacional. “O governo não aprova a CPMF, quem aprova a CPMF é o Congresso."

A presidente confirmou que a proposta do governo é que o tributo tenha alíquota de 0,2%, e seja integralmente repassado à Previdência. “Porque nós sabemos que este período tem uma depressão cíclica na Previdência, sempre é assim. A Previdência tem uma queda quando diminui a atividade econômica”, justificou.

“Essas medidas são necessárias, porque nós queremos tomá-las. Elas são necessárias, porque passamos por um momento em que é fundamental que saiamos dessa situação de restrição fiscal o mais rápido possível, para poder voltar a crescer, gerar os empregos necessários para o país", disse.

Segundo Dilma, o anúncio de medidas da reforma administrativa do governo, que prevê o corte de dez dos 39 ministérios, será feito até quarta-feira da semana que vem. Além de reduzir o número de ministérios, Dilma prometeu juntar órgãos federais e cortar cargos comissionados.

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Agência Brasil Agência Brasil
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