Dilma se reúne com Lula a três dias de ato pró-impeachment
Encontro, cuja pauta não foi divulgada, aconteceria em São Paulo, mas vai ocorrer hoje à tarde em Brasília; na sexta e no domingo, acontecem atos públicos contra a petista
A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúnem na tarde desta terça-feira em Brasília. A pauta não foi divulgada, mas o encontro ocorre dias antes de manifestações pró-impeachment marcadas para os próximos dias 13 e 15, em várias cidades.
Em São Paulo, a presidente chegou com atraso de pouco mais de meia hora à solenidade de abertura da Feicon Abimat, considerada maior feira da construção civil da América Latina, no centro de convenções do Anhembi, zona norte da cidade. Trabalhadores dos estandes a vaiaram assim que a comitiva presidencial se aproximou. Já perto das 13h, no entanto, a petista deixou o local com os ministros que a acompanhavam – Gilberto Kassab, das Cidades, e Thomas Traumann, da Comunicação Social – e, minutos depois, a Presidência informava que ela já estava em voo para Brasília.
A assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente viajou “no início da tarde” para se reunir com Dilma em Brasília. A agenda da conversa não foi divulgada, mas ela acontece três dias antes de um protesto que defende o impeachment de Dilma, organizado por militantes de redes sociais em frente ao escritório da Petrobras na avenida Paulista, e cinco dias antes da marcha pró-impeachment que, no dia 15, será realizada em dezenas de cidades brasileiras. Os atos têm sido organizados também via redes sociais e acontecem, em menor grau, desde o fim do segundo turno – vencido pro Dilma, sobre o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), com mais de 57% dos votos válidos.
Ontem, em São Paulo, Lula se encontrou com lideranças da sociedade civil que participam do movimento pela reforma política – entre as quais representantes de centrais sindicais, da UNE (União Nacional dos Estudantes), da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Os movimentos coletam desde ano passado assinaturas pela reforma.