Dilma viaja ao Chile para cerimônia de posse de Bachelet
A presidente Dilma Rousseff viaja ainda nesta segunda-feira ao Chile para acompanhar a cerimônia de posse da nova governante do país, Michelle Bachelet, com quem também terá uma reunião particular amanhã.
Em entrevista coletiva, o subsecretário-geral para a América do Sul, Antonio Simões, disse que Dilma viajará ainda hoje ao Chile, onde acompanhará amanhã a cerimônia de posse de Bachelet. Na sequência, segundo Simões, Dilma analisará em particular a relação entre ambos os países, com especial ênfase no comércio.
O diplomata destacou que o Chile é atualmente o terceiro parceiro comercial do Brasil na América Latina, atrás da Argentina e México, com uma troca que chegou a US$ 9 bilhões no último ano. Simões também destacou que, atualmente, o Brasil é o principal destino do investimento estrangeiro chileno, com capitais próximos aos US$ 22 bilhões.
De acordo com o diplomata, Dilma, amiga pessoal de Bachelet, pretende que essa relação seja ainda mais intensa durante o segundo mandato da presidente chilena, aproveitando que aproximadamente 98% do comércio bilateral entre ambos os países circula com "tarifa zero".
O diplomata explicou que o encontro com Bachelet é a única reunião bilateral que Dilma tem confirmada até agora, questionando a participação da presidente naa conferência que será realizada na próxima quarta-feira na sede da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), em Santiago.
A conferência em questão, que abordará o desenvolvimento regional, contaria com a participação dos presidentes do México, Enrique Peña Nieto, e do Uruguai, José Mujica, além de Dilma e Bachelet. No entanto, Simões explicou que a participação de Dilma ainda não está confirmada.
Bachelet, que já governou Chile entre 2006 e 2010, foi eleita para um segundo mandato em dezembro passado, quando venceu no segundo turno Evelyn Matthei, candidata conservadora e apoiada pelo presidente em fim de mandato, Sebastián Piñera.
A delegação que viajará ao Chile junto de Dilma estará integrada, entre outros funcionários, pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que na quarta-feira participará da reunião de chanceleres convocada pela União de Nações Sul-americanas (Unasul) para discutir a situação na Venezuela.