Diplomação de Nunes tem ausência de vice-prefeito, protesto contra anistia e vira palanque para Tarcísio
Ricardo Nunes foi recebido com uma mistura de aplausos e vaias no Memorial da América Latina
O Memorial da América Latina foi palco, na manhã desta quinta-feira, 19, da diplomação do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), dos 55 vereadores eleitos e do vice-prefeito, coronel Ricardo Mello Araújo (PL) — cuja ausência foi notável. A cerimônia consolidou formalmente o resultado das urnas em um evento marcado por discursos, manifestações políticas e o protagonismo do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O vice-prefeito eleito, coronel Ricardo Mello Araújo, faltou ao evento por estar em viagem de família nos Estados Unidos, onde o filho estuda, conforme o prefeito. Já Ricardo Nunes foi recebido com uma mistura de aplausos e vaias no Auditório Simón Bolívar.
Tarcísio, um dos principais articuladores de sua campanha à reeleição, quebrou o protocolo ao posar para fotos e cumprimentar o aliado, sendo recebido por aplausos. O ex-presidente Michel Temer (MDB) e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), também participaram do evento.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Silmar Fernandes, destacou a importância da diplomação como expressão da soberania popular. "A diplomação concretiza a formalização do desejo popular, a vontade de um povo que se expressa por meio de um dos direitos mais fundamentais da cidadania, que é o direito de votar e ser votado."
O juiz Antônio Maria Patiño Zors, presidente da Junta Eleitoral Apuradora, reforçou a confiança no sistema de votação brasileiro, ressaltando sua segurança e transparência. "Aos que tentam desacreditar o nosso sistema, afirmo com a convicção de quem trabalha no processo eleitoral, que o (sistema) brasileiro é um dos mais seguros e transparentes do mundo."
No encerramento, o evento ganhou manifestações mais explícitas. No saguão do memorial, vereadores eleitos pelo PT e PSOL puxaram um coro de "sem anistia", em alusão às investigações que apuram uma possível trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).