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Política

Disputa eleitoral será dura e deve ser decidida em dois turnos, diz presidente do PT

20 jun 2014 - 18h32
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A campanha à Presidência da República deve ser a mais difícil já enfrentada pelo PT, e é baixa a probabilidade de ser definida logo no primeiro turno, avaliou nesta sexta-feira o presidente do partido, Rui Falcão, na véspera da oficialização da candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

O PT realiza no sábado a convenção nacional da sigla para formalização da candidatura de Dilma. Durante o evento, no qual será conhecido o slogan da campanha, importantes líderes da legenda devem dar o tom político da campanha que se aproxima e motivar a militância a se mobilizar.

“Eu abri a reunião do diretório trazendo informações sobre como anda a campanha e dando a minha opinião... Acho que vai ser uma das eleições mais difíceis”, disse Falcão a jornalistas, após participar de reunião do diretório nacional do PT.

“Reúne-se contra nós um bloco de forças muito poderoso, que reúne setores do grande capital especulativo, reúne partidos que têm governos estaduais importantes ... e tem há mais de ano uma bateria poderosa de pessoas que controlam os meios de comunicação, que vem investindo contra nós e funcionam como porta-voz da oposição”, afirmou.

Para o presidente petista, o quadro atual e o número de candidaturas postas ao Planalto tornam “muito difícil” ter uma eleição decidida em primeiro turno.

“Não é o mais provável”, avaliou.

O presidente adiantou que a campanha deve ser centrada nas comparações entre os 12 anos de governo do PT – do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da presidente Dilma – e os oito anos de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Vamos fazer a disputa de dois projetos”, disse Falcão, acrescentando que Lula terá participação “intensa” na campanha.

O presidente do PT comemorou ainda a coligação de partidos em torno de Dilma, que deve render mais de 10 minutos de programa no rádio e televisão.

Durante a semana, a presidente deve participar, por exemplo, de convenção do PSD, que deve oficializar o apoio a Dilma. Partidos como o PMDB – que indicou seu presidente de honra Michel Temer novamente para o posto de vice --, e o PDT já formalizaram sua participação na coligação.

De acordo com Falcão, ainda há questões estaduais pendentes, que devem ser resolvidas até o fim da semana que vem, quando deve ocorrer a reunião da Executiva Nacional do partido.

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