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Política

Doria: "Não há razão para não manter diálogo aberto com Lula"

Pré-candidato à Presidência considera petista "menos pior" do que Bolsonaro, mesmo com "assaltos aos cofres públicos" durante governo do PT

28 abr 2022 - 11h07
(atualizado às 11h13)
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João Doria
João Doria
Foto: Reprodução / Estadão

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, explicou a frase na qual, ao contrapôr o ex-presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), definiu o petista como "inteligente" e político que "tem passado". Em sabatina ao Uol, o tucano diz apenas considerar Lula "menos pior" do que Bolsonaro e que gostaria de manter um diálogo aberto.

"Não há razão para não manter um diálogo com Lula, com o PT, partidos de esquerda ou mesmo com partidos de direita. Democracia é isso", afirmou Doria, pontuando que, até o momento, isso não significa uma convergência eleitoral.

"Do ponto de vista eleitoral, não. Do ponto de vista do respeito partidário, democrático e com os eleitores, sim. Não há razão para cessar esse diálogo ou impedir que ocorra", acrescentou.

Questionado se apoiaria o petista em um eventual segundo turno, Doria desconversou. "Nós estaremos no segundo turno. O PSDB estará no segundo turno. Eu sou otimista".

João Doria pontuou, no entanto, que segue sendo antipetista, discurso que o ajudou a ser eleito como prefeito de São Paulo, em 2016, e como governador do Estado, em 2018.

"Sigo sendo um antagonista forte em relação à Lula e ao PT, contra as políticas estatizantes [do partido] e da 'lei da mordaça', que eu também associo ao Bolsonaro, que só permite notícias que falem bem dele".

"Houve assalto aos cofres públicos durante o governo PT, notoriamente houve, como o Petrolão e outras consequências que desnobrecem a biografia de Lula, mas isso não impede de ter uma relação respeitosa com os líderes [do PT]. Tenho vários amigos no PT e também no PL [partido de Jair Bolsonaro]".

Provocado se estaria adotando uma postura 'paz e amor', Doria disse que a civilidade deve ser preservada dentro da vida democrática, e que só em regimes autoritários isso não ocorre. Por fim, ele criticou a polarização que vive o País. "O Brasil está farto disso, precisa de calma e harmonia, sobretudo após as eleições presidenciais. Precisamos construir um novo País, que andou para trás, seja pela pandemia, dificuldades econômicas e decisões equivocadas do atual governo. Já não vinha bem, mas piorou muito", concluiu.

Fonte: Redação Terra
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