Douglas Garcia diz dever desculpas a Tarcísio, mas não a Vera Magalhães
'Não me arrependo de absolutamente nada do que fiz', disse deputado estadual apoiador de Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais
Após hostilizar Vera Magalhães nos bastidores do debate da TV Cultura, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira, 14, que não se arrepende de sua atitude e acredita não dever desculpas à jornalista, mas, sim, ao candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). A declaração foi feita em vídeo publicado pelo parlamentar nas redes sociais.
"Eu não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz. Se for para pedir desculpas para alguém, não é para jornalista nenhum. Tenho que pedir desculpas para o Tarcísio, está entendendo?", disse ele.
Sobre o caso Vera Magalhães e Leão Serva:
boletim de ocorrência registrado. pic.twitter.com/MeNGeV3Z3G
— Douglas Garcia - 1070 Dep Federal (@DouglasGarcia) September 14, 2022
Garcia abordou a jornalista na saída do debate da TV Cultura na noite desta terça-feira, 13, e, de forma agressiva, afirmou que ela é "uma vergonha para o jornalismo brasileiro", proferindo acusações sobre a vida profissional da apresentadora.
Ele repetiu a fake news de que ela receberia R$ 500 mil por ano do governo de São Paulo para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL). Vera gravou a situação e ambos começaram a discutir. Em determinado momento, o diretor da emissora, Leão Serva, entrou na briga e arremessou o celular do deputado para longe.
Vera publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que também vai registrar um boletim de ocorrência contra o deputado. "Essa violência já foi longe demais e não é tolerável na democracia", disse. "Eu não vou me intimidar diante desses ataques sistemáticos, institucionalizados, cada vez mais violentos".
A jornalista se tornou alvo dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro após questionar o chefe do Executivo, durante debate da Band TV de 28 de agosto, sobre a compra de vacinas contra a covid. Na ocasião, o presidente a hostilizou e disse que ela é uma "vergonha para o jornalismo".