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Política

"Não há a menor possibilidade de renunciar", diz Cunha

7 out 2015 - 12h19
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Foto: Lula Marques/Agência PT

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou hoje (7) que pretenda deixar o cargo depois de informações enviadas pelo Ministério Público da Suíça de que ele e parentes têm contas naquele país. “Não há a menor possibilidade de renunciar, (de pedir) licença ou qualquer coisa do gênero”, disse.

A investigação aberta contra Cunha foi remetida pelo órgão suíço à Procuradoria-Geral da República (PGR), que passará a investigar o deputado por suspeita dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e suposto recebimento de propina no âmbito da Operação Lava Jato.

Cunha não comentou a investigação. Acrescentou que só fala sobre o assunto por meio do seu advogado. Reafirmou que reitera o depoimento que fez à CPI da Petrobras. No depoimento, ele disse que não tem “qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta declarada no Imposto de Renda”.

Sobre o exame dos vetos da presidenta Dilma Rousseff às propostas que aumentam despesas do governo, Cunha disse que o plenário está disponível para que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) possa convocar a sessão. Por falta de quórum, a sessão de ontem (6) foi adiada pela segunda vez e nova sessão foi marcada para esta quarta-feira, às 11h30. “Marcar uma sessão terça-feira, 11h30 da manhã, é não querer ter quórum. Hoje (7) existe quórum na Casa, se não votar é porque não existe vontade política”, disse Cunha.

O presidente da Câmara criticou a reforma ministerial feita pelo governo, já que, segundo ele, das dez mudanças feitas há apenas três ministros novos. Para Cunha, a reforma não agregou nenhum voto na Casa a favor do governo. “Aqueles que eram favoráveis continuaram favoráveis, aqueles contrários vão continuar contra”. E acrescentou: “Eu recomeçaria do zero, como se o primeiro dia do mandato fosse agora, e repactuaria o processo político”.

O deputado participou hoje, em Brasília, do 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Cunha falou sobre assuntos de interesse da radiodifusão, em tramitação na Câmara Federal.

Participantes do congresso analisaram a proposta de flexibilização do horário da Voz do Brasil. Para uma plateia de diretores de emissoras de rádio e TV, Cunha disse que é favorável à mudança e que pretende colocar o projeto na pauta de votação. “Tem alguns que acham que se flexibilizar, (as rádios) vão colocar (o programa) em horário que ninguém vai ouvir. Mas aquele que não quer ouvir já coloca um CD ou DVD. Talvez, com a flexibilização, aquele que quer ouvir não vai ter só um horário para fazer isso”, disse o presidente da Câmara.

Agência Brasil Agência Brasil
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