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Política

Em aceno ao centro, comício de Lula em SP tem verde-amarelo e bandeira do Brasil

Vale do Anhangabaú é local escolhido a dedo para comemorar os atos pelas Diretas Já, que marcaram a redemocratização do Brasil

20 ago 2022 - 11h47
(atualizado às 14h20)
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Ex-presidente Lula entre Fernando Haddad e Janja durante comício em SP
Ex-presidente Lula entre Fernando Haddad e Janja durante comício em SP
Foto: Estadão

Sob a frente fria que atinge o Sudeste, o Vale do Anhangabaú foi sede neste sábado, 20, do primeiro grande comício em São Paulo do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O palco montado na região central de São Paulo abriga telões de LED com uma tremulante bandeira do Brasil e as cores verde e amarela. Trata-se de aceno ao centro e enfrentamento à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que faz uso dos símbolos nacionais em seus atos políticos.

Em aceno ao centro, comício de Lula em SP tem verde-amarelo e bandeira do Brasil
Em aceno ao centro, comício de Lula em SP tem verde-amarelo e bandeira do Brasil
Foto: TV PT/Youtube

O Vale do Anhangabaú foi o local escolhido a dedo para comemorar os atos pelas Diretas Já, que marcaram a redemocratização do Brasil e trazer à tona o clima de frente ampla contra Bolsonaro. A figura-síntese desse movimento buscado pelo PT é o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o antigo adversário político Geraldo Alckmin (PSB). Apresentado pelo jornalista Chico Pinheiro, o ato também marcou o lançamento oficial das campanhas de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo e de Márcio França (PSB) a senador.

"Tem gente usando igreja como palanque político"

Em seu discurso, Lula saiu em defesa do estado laico. "Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo; tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio. Tem gente usando igreja como palanque político", afirmou. "Quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou pastor".

"Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o estado laico. Igrejas não tem de ter partido político, têm de cuidar da fé", afirmou. "Não deixem passar nenhuma mentira, não aceitem provocação na rua. Se pastor tiver mentindo, a gente tem de enfrentar"

Lula durante comício em São Paulo
Lula durante comício em São Paulo
Foto: Estadão

Lula, referindo-se ao presidente Bolsonaro, disse que "governar não é fazer propaganda de arma; não é cuidar dos ricos, banqueiros, é cuidar do povo trabalhador. Não tem explicação as pessoas não terem o que comer".

"Queremos soberania, democracia, emprego". O ex-presidente reiterou que vai reajustar tabela do IR se eleito. "Salário mínimo vai aumentar acima da inflação todo ano. Bolsonaro que pegue a carteira verde e amarela dele e enfie onde ele quiser. Queremos minha casa minha vida. Vamos fazer política externa altiva e ativa".

Lula disse que Bolsonaro rói as unhas a cada pesquisa eleitoral. "Ele está tentando comprar voto com a quantidade de dinheiro que está liberando, até gasolina começou a baixar, é medo do Lula. Meu caro capitão, esse povo não é besta. Bolsonaro vai entregar a faixa presidencial, sim. Dia 2 de outubro o povo brasileiro vai tirar Bolsonaro da presidência e eleger Lula e Alckmin".

Lula exalta Dilma e diz que povo absolveu a ex-presidente

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também esteve presente e foi exaltada por Lula, que a comparou com Tiradentes, afirmando, após uma salva de palmas, Dilma foi absolvida pelo povo brasileiro.

Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff
Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff
Foto: Estadão

Para Lula, Dilma foi uma vítima do Congresso Nacional, classificando seu processo de impeachment como um erro histórico do Legislativo. "Inventaram uma mentira contra ela, inventaram uma pedalada. Imagina o que é uma pedalada da Dilma contra as motociatas que esse genocida faz hoje", criticou.

"Eu queria agradecer o carinho (com) que vocês receberam da nossa presidenta Dilma. Porque normalmente, às vezes, a extrema direita condena um dos nossos, e muitas vezes nós acreditamos em parte da mentira contatada. Muitas vezes nós acreditamos naquilo que eles falam e repetem, falam e repetem", continuou.Lula citou a plateia em São Paulo, a história de Tiradentes, segundo ele, um "herói nacional" que foi morto pela coroa portuguesa e pelos representantes das forças militares da época para "ninguém nunca mais pensar em independência", comparando a história de Tiradentes - de quem as ideias libertárias estão até hoje no nosso meio, como disse -, com a de Dilma.

"Quando ela (Dilma) volta aqui, seis anos depois, e ela é reconhecida com o carinho que vocês a receberam, eu queria te dizer, Dilma, que, embora você tinha sido vítima do Congresso nacional, o povo de São Paulo acaba de te absolver, e dizer que você foi inocente, porque deram um golpe", disse o petista. Dilma recebeu aplausos da plateia, e comprimentos do ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Lula.

"Quisera Deus que todos os presidentes da República no mundo tivessem uma chefe da Casa Civil como eu tive a companheira Dilma. A Dilma era a minha tranquilidade, a Dilma era o que me fazia dormir tranquilo porque eu tinha certeza que tinha alguém cuidando das coisas e fazendo aquilo que a gente tinha decidido durante o dia, durante as reuniões", finalizou o ex-presidente.

Simpatizantes participam de ato pela democracia em evento que marca o lançamento oficial da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo
Simpatizantes participam de ato pela democracia em evento que marca o lançamento oficial da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo
Foto: Estadão

Lula também destacou o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, que também integrou seu time de ministros. "O melhor ministro da Educação que esse País já teve", afirmou.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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