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Política

Em ato, partidários de Bolsonaro criticam PT e falam em vitória no 1º turno

30 set 2018 - 18h07
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Partidários do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, se reuniram neste domingo, 30, na Avenida Paulista em São Paulo um dia depois de manifestações contra o candidato terem acontecido em todas as capitais do País e do exterior. Militantes e candidatos fizeram um apelo para eleitores de João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) se unirem em torno do capitão, na esperança de uma vitória no primeiro turno.

Em discurso aos manifestantes, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), e o candidato ao Senado Major Olimpio (PSL) criticaram o PT. A PM não divulgou estimativa de público na manifestação, que ocupou três quarteirões da Avenida Paulista. Olímpio disse que se a candidatura de Bolsonaro crescer "mais um Alckminzinho" - cinco ou seis pontos porcentuais nas pesquisas - seria possível vencer a eleição ainda no primeiro turno.

Em áudio, gravado no Rio de Janeiro, e divulgado durante a manifestação, Eduardo Bolsonaro repetiu o mantra. "Vamos ganhar essas eleições no primeiro turno. A diferença será tão grande que não será possível qualquer possibilidade de fraude. Chega de PT e de PSDB"

No caminhão de som, militantes ressaltam a participação feminina no evento - dizendo que as mulheres são mães, amigas, que cuidam da casa, dos homens e da família. Eduardo Bolsonaro falou às mulheres que apoiam seu pai. "As mulheres de direita são mais bonitas que as da esquerda. Elas não mostram os peitos nas ruas nem defecam nas ruas. As mulheres de direita têm mais higiene", disse o deputado, que ainda criticou o autor do atentado contra Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira. "Meu pai não tomou uma facada por alguém que queria tomar a carteira dele. Eles estão com medo", concluiu.

Eduardo Bolsonaro também falou sobre a hipótese de vitória de Fernando Haddad (PT). "Ele dará indulto para o Lula no dia seguinte". Além disso, afirmou que se o pai for eleito, o ex-presidente Lula não terá privilégios. Ele irá cumprir pena em um presídio comum".

Os discursos mantiveram a narrativa que tem acompanhado a campanha de Bolsonaro desde o primeiro dia. Gritos contra o PT, Lula, Venezuela e artistas que, segundo os partidários de Bolsonaro, vivem do dinheiro da Lei Rouanet.

A primeira a se pronunciar no carro de som foi a candidata a deputada federal pelo PSL, Carla Zambelli. "A nossa manifestação é verde e amarela. Nossa manifestação tem bandeira do Brasil e não de partidos. Somos movidos pelo amor por uma pessoa que vai mudar o país. Finalmente teremos paz com Jair Bolsonaro na Presidência. Ele é o único presidente que irá fortalecer a Polícia Federal. É a primeira vez em décadas que temos um presidente que fala de Deus com lágrimas nos olhos. O nosso estado é laico mas não é ateu", afirmou. Em seguida, a candidata iniciou uma oração, finalizada por "ele sim" pelos manifestantes presentes.

Entre os simpatizantes, a certeza de que um resultado diferente da vitória de Bolsonaro será resultado de uma fraude eleitoral. "Se o Bolsonaro não ganhar, vai ser roubado. Não vamos sair da rua se isso acontecer", disse a empresária Helena Dias.

Já no fim da manifestação, uma forte chuva fez com que um grupo de manifestantes se abrigasse no vão livre do Masp. Lá, onde até pouco antes acontecia uma feira de artesanato, um grupo de jovens gritava "ele não" e palavras de ordem contra Bolsonaro.

Os grupos se encontram no Masp. À princípio, os grupos se enfrentaram verbalmente, mas, antes que a PM pudesse interferir, alguns militantes trocaram socos e pontapés. A PM precisou "escoltar" um grupo que se posicionava contra Bolsonaro para fora do vão livre. Policiais afirmaram que não houve detenção.

Durante a manifestação pelo menos dois profissionais de imprensa foram agredidos com cabeçadas e empurrões enquanto tentavam filmar uma discussão entre militantes pró-Bolsonaro e pessoas que passavam pela Paulista.

Interior de SP

Mais cedo, atos favoráveis ao candidato do PSL ocorreram em pelo menos dez cidades do interior de São Paulo. No sábado, as manifestações contra Bolsonaro organizadas por grupos de mulheres, alcançaram ao menos doze cidades do interior.

Em Campinas, o ato deste domingo contou com a presença do filho do candidato, Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL. Os manifestantes - cerca de 3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar -, se concentraram no Largo do Rosário, na região central, e caminharam até a Praça Arautos da Paz, com apoio de carro de som.

Em Araçatuba, cerca de 2 mil veículos, segundo a Polícia Militar, participaram de carreata em favor de Bolsonaro. Os manifestantes fizeram um buzinaço na Avenida dos Araçás. Vários veículos levavam a bandeira do Brasil. Um grande número de mulheres participou do ato.

Em Bauru, muitos apoiadores de Bolsonaro vestiram verde e amarelo. A concentração, na Praça da Paz, reuniu cerca de 2 mil pessoas, segundo os organizadores - a PM não estimou o público.

Em São José dos Campos, simpatizantes do candidato do PSL realizaram um ato de apoio na Praça Afonso Pena. Eles calcularam o público em mais de duas mil pessoas, mas a PM não fez estimativa. Em seguida, os manifestantes percorreram em carreata as ruas da cidade.

Houve carreata também em São Carlos, com cerca de 4 mil veículos, segundo a organização. Em Jales, uma carreata reuniu mais de mil veículos de apoiadores, segundo a organização. A PM não contabilizou.

Em Jundiaí, um carro de som abriu a carreata, a partir do Parque da Uva. Houve desfiles de veículos em apoio a Bolsonaro também em São Manoel, Ipiguá e Botucatu. Em Sorocaba, cerca de 600 manifestantes realizaram ato em favor do candidato em frente ao Palácio dos Tropeiros, sede da prefeitura.

Belo Horizonte

Depois da manifestação que levou milhares de pessoas ao centro de Belo Horizonte, um ato de apoio ao candidato a Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, realizado na orla da Lagoa da Pampulha, ponto turístico da cidade, teve hino das forças armadas, comemoração pela saída do deputado federal do hospital e oração.

A manifestação começou com diversas críticas ao movimento "Ele Não". Muitas mulheres estiveram presente no ato favorável ao candidato e cantaram que "mulher vota em Bolsonaro".

No entanto, a organização do evento negou que fosse uma resposta a manifestação. "Estamos aqui por Bolsonaro para que ele vença em primeiro turno" disse uma das organizadoras, Gleine Carvalho, que afirmou que o ato não teve qualquer influência partidária.

Gleine ainda fez críticas ao movimento "Ele Não". "Eu não sou adepto dessas questões de modinha. O 'ele não foi criado pela classe artística para defender os benefícios deles. Quando vemos o povo aqui, vemos que o 'ele sim está muito forte'", disse.

Estadão
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