Em ato, Tarcísio diz que governo Lula gasta mais do que deve: 'Se está tudo caro, volta Bolsonaro'
Governador de São Paulo participou de manifestação convocada pelo ex-presidente no Rio de Janeiro
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, marcou presença no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro na manhã deste domingo, 16, e discursou em cima do trio elétrico, culpando o governo Lula pelo aumento do preço dos alimentos.
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"Ninguém aguenta mais inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro", disse o governador, alfinetando ainda a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de picanha barata. "Se está tudo caro, volta Bolsonaro", disse.
Tarcísio ainda disse que o governo tem medo de perder a eleição para Bolsonaro, por isso há interesse em mantê-lo afastado das urnas. Ele defendeu que a oposição vai pautar e aprovar o projeto para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro.
"Os caras que assaltaram o Brasil, os caras que assaltaram a Petrobras, voltaram para a cena do crime, voltaram para a política, foram reabilitados. Tá certo isso? Parece haver justiça nisso? Então é correto que a gente garanta a anistia daqueles inocentes que nada fizeram. E nós vamos lutar. Nós vamos garantir isso. Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de votar contra. E podem ter certeza que nós vamos conseguir os votos", afirmou.
Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), também fez uma breve fala na manifestação, declarando que Jair Bolsonaro será seu candidato --e único candidato-- para a eleição de 2026.
Bolsonaro está inelegível até 2030, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em três ocasiões, e duas sentenças seguem em vigor. Uma delas foi cancelada porque o colegiado já havia decidido sobre o mesmo fato. Ele foi condenado em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente como líder de uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".
Esta é a primeira manifestação pública do ex-presidente após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele é um dos 34 denunciados por estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito.
No trajeto até a orla de Copacabana, o Terra flagrou apoiadores gritando "Volta Bolsonaro" e "Lula ladrão". Além disso, ambulantes já estão posicionados próximo à concentração vendendo produtos como camisetas e bandeiras com o rosto do ex-presidente e frases como 'Sem picanha e cerveja. Faz o L' e 'Fora Lula' (*Com informações do Estadão Conteúdo)