Em carta a Lula, PSB minimiza rivalidade histórica com Alckmin
No documento, a legenda afirma que a disputa eleitoral não estará relacionada "aos embates de natureza histórica entre esquerda e direita"
Em carta endereçada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSB oficializa, nesta sexta-feira (8), a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à chapa do petista. No documento, a legenda afirma que a disputa eleitoral não estará relacionada "aos embates de natureza histórica entre esquerda e direita", em referência à rivalidade entre as lideranças no passado. "O que estará em questão nas eleições de 2022 é o confronto decisivo entre democracia e autoritarismo", declara o documento.
Assinada pelo presidente do partido, Carlos Siqueira, a carta defende que a indicação do ex-tucano à vice "não se limita apenas ao aspecto eleitoral". "Esta proposição envolve uma dimensão programática, visto que a composição de uma frente ampla exige a formulação de um programa que corresponda às perspectivas das forças que a compõem", consta. "O PSB deseja contribuir na tarefa programática inerente à formação de uma frente ampla de forma produtiva e efetiva".
As lideranças de ambas legendas estão reunidas nesta sexta em um hotel da zona sul de São Paulo para discutir os próximos passos da aliança.
Frente ampla
Com críticas à gestão de Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB), o PSB defende a construção de uma frente ampla com na qual se associem "partidos de distintos matizes, mas francamente democráticos". Ao expor o nome de Alckmin à chapa, a sigla cita sua "vida pública longeva e honrada, a perseverança na defesa da democracia e das práticas que lhe correspondem , o equilíbrio daqueles que acreditam no diálogo entre os diferentes e a tranquilidade dos que almejam o bem público".