Em dia de eleições internas, Dilma usa o Twitter para demonstrar 'orgulho do PT'
A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para demonstrar o orgulho que sente pelo PT, que promove neste domingo eleições para definir o novo presidente e as lideranças regionais da legenda. "Voto hoje nas eleições internas do @pt_brasil. Tenho orgulho do PT, um partido nascido das lutas dos trabalhadores e que governa olhando para os mais pobres, os mais fracos, os mais necessitados. Assim foi no governo do pres. Lula. Assim é no meu", disse Dilma.
A presidente voltou a defender a importância dos partidos políticos no Brasil, alegando que "não existe democracia sem partidos. (...) Ao longo da história, a ideia da política sem partidos esteve sempre ligada à defesa de governos autoritários e elitistas", falou.
Defendo uma Reforma Política decidida por consulta popular, ouvindo a população brasileira.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) November 10, 2013
Em sua sequência de mensagens, Dilma ainda defendeu uma reforma política "decidida por consulta popular, ouvindo a população brasileira". "Considero que nosso sistema política precisa de mudanças. Por isso, um dos 5 Pactos que lancei foi o da Reforma Política."
Eleições do partido
O PT realiza neste domingo as eleições para renovar sua direção, que ficará encarregada de preparar a campanha presidencial de 2014. Aproximadamente 800 mil filiados estão convocados para escolher o novo presidente do partido e renovar a cúpula em todos os níveis para os próximos quatro anos.
Seis candidatos disputam as eleições, entre eles o atual presidente Rui Falcão, que disputa pela ala majoritária e mais moderada do PT, chamada de "Construindo um Novo Brasil" e que defende a continuidade nas políticas do partido.
Falcão é considerado o grande favorito, em grande parte por ser o candidato mais próximo a Lula. O político de 69 anos foi eleito presidente do partido em abril de 2011, depois da renúncia de José Eduardo Dutra por motivos de saúde. Deputado estadual por São Paulo, Falcão dirigiu a campanha eleitoral de Lula em 1994 e foi o diretor de comunicação da campanha que levou Dilma ao poder em 2010.
Os outros cinco candidatos defendem, em maior ou menor grau, um deslocamento para a esquerda, mas todos apoiam a candidatura de Dilma para as eleições de 2014, que ainda não foi anunciada de forma explícita por ela, mas que é dada como certa no partido.
Os candidatos mais moderados, entre eles o deputado Paulo Teixeira, da chapa "Mensagem ao Partido", querem que o PT se aproxime das ruas e que o governo contenha o "domínio do poder econômico na política brasileira", diz seu programa eleitoral.
De acordo com as previsões do PT, o ganhador das eleições será conhecido na próxima terça-feira. Estas é a quinta eleição direta organizada pelo PT e a primeira a ter uma política que obriga que as candidaturas incluam a metade de mulheres e reservem uma cota para negros e indígenas.
As cotas raciais dependem do censo de negros e indígenas em cada estado, embora tenha que haver pelo menos uma vaga em cada chapa.