Em julgamento no STF, Cármen Lúcia e Moraes citam que Trump elogiou sistema eleitoral brasileiro
Em meio à apresentação de provas da PF sobre tentativa de Bolsonaro e aliados em descredibilizar urnas, ministros destacaram elogio de Trump
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
Durante o segundo dia de julgamento sobre o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por tentativa de golpe de Estado, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia ressaltaram que Donald Trump elogiou o sistema eleitoral brasileiro em um decreto que altera as regras eleitorais dos Estados Unidos.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, é o primeiro a votar. Em sua sustentação, exibiu imagens dos ataques de 8 de janeiro de 2023 como prova da tentativa de golpe e apresentou um documento intitulado "Bom dia presidente", elaborado pelo deputado federal Alexandre Ramagem. O material descreve a formação de um grupo técnico específico para questionar a segurança das urnas eletrônicas.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Ramagem teria elaborado, em primeira pessoa, um documento com diretrizes para que o então presidente Jair Bolsonaro atacasse a credibilidade das urnas e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Ainda em sua análise das acusações, Moraes enfatizou que a fiscalização de urnas eletrônicas não competia à Abin (Agência Brasileira de Inteligência), então dirigida por Ramagem durante o governo Bolsonaro. "Onde há a previsão legal para Abin estabelecer um grupo para atacar urnas eletrônicas?", questionou o relator.
Em meio à argumentação de Moraes, a ministra Cármen Lúcia ressaltou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil nesta terça-feira, 25, como exemplo de segurança pelo seu sistema eleitoral.
“Brasil citado expressamente como modelo de sucesso por Donald Trump, enquanto aqui houve toda essa preparação para se colocar em dúvida”, acrescentou Moraes.
