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Política

Em meio à crise entre PT e PMDB, Dilma se reúne com Temer

9 mar 2014 - 22h08
(atualizado em 10/3/2014 às 00h49)
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A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu neste domingo com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para tratar de divergências entre o governo e seu principal partido aliado, o PMDB. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada. 

Entre os pontos tratados, estaria a reforma ministerial, que ainda não acabou. Há uma disputa pela Secretaria dos Portos, que pode ficar com a bancada do PMDB da Câmara dos Deputados ou do Senado. Além disso, os dois teriam discutido sobre as candidaturas aos governos estaduais nas eleições.

Os problemas na relação entre o governo e o PMDB não são recentes, mas chegaram ao ápice nos últimos dias com trocas de acusações e xingamentos entre membros dos dois partidos, envolvendo inclusive o presidente do PT, Rui Falcão, e o líder da bancada peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

A tensão subiu a ponto de trazer risco para a manutenção da aliança entre Dilma e seu vice, Michel Temer (PMDB), para a reeleição, com diretórios regionais do PMDB tentando antecipar a convenção nacional para decidir sobre o apoio à reeleição da presidente.

Para tentar encerrar a crise, Dilma também pediu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrasse em campo e ajudasse na articulação com os peemedebistas e acalmasse os ânimos. Lula, que esteve reunido com Dilma na quarta-feira, conversou com Raupp na quinta e ambos devem voltar a se falar nesta sexta.

Eleição no Ceará

Nas conversas que já têm mantido com o PMDB, Lula tem ouvido grande preocupação com a situação da aliança com o PT no Ceará e suas implicações no Congresso e na união nacional entre os dois partidos.

O senador Eunício Oliveira (PMDB), líder da bancada peemedebista, não abre mão se candidatar ao governo cearense e, munido de pesquisas, acredita que tem grandes chances de ganhar. Dilma, porém, tem preferência pelo projeto do atual governador, Cid Gomes (Pros), que indicará um sucessor para a disputa local.

O apoio de Dilma está ancorado na força que Cid fez para retirar forças da provável candidatura presidencial do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. No ano passado, o governador cearense tentou rachar o PSB a pedido da petista, mas não obteve êxito.

Sem espaço entre os socialistas, Cid se filiou ao recém-criado Pros e agora a presidente tenta recompensá-lo evitando a candidatura de Oliveira. Dilma quer nomeá-lo ministro durante a reforma ministerial, manobra que desagrada o PMDB e o senador.

Com informações da Reuters

Fonte: Terra
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