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Política

Em nota, Dilma descarta mudanças em equipe ministerial

6 jul 2013 - 15h10
(atualizado às 15h20)
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A presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota oficial divulgada neste sábado, que “não procedem as especulações de mudanças ministeriais”, e cobrou dos ministros determinação para “manter o Brasil no caminho do crescimento, da inclusão social, da geração de emprego e renda e da estabilidade econômica”.

Dilma também reafirmou os cinco pactos firmados com prefeitos no último dia 24 - responsabilidade fiscal, reforma política com plebiscito, melhoria nos serviços públicos de saúde, pacto nacional da mobilidade  urbana e destinação dos royalties do petróleo para educação - e disse esperar dos ministros “empenho” na realização das ações. 

Na quarta-feira (3), o PMDB defendeu a redução do número de ministérios. Principal aliado do governo e partido do vice-presidente da República, Michel Temer, a legenda propôs a redução do número de ministérios sem que isso prejudique os projetos e programas governamentais em andamento. Atualmente, o primeiro escalão de Dilma Rousseff tem 39 ministérios.

Na manhã deste sábado, a presidente reuniu os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante, na Granja do Torto, em Brasília. O jornalista e ex-ministro da Comunicação Social durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Franklin Martins, também esteve presente na reunião. No último domingo, Dilma reuniu outros ministros e ao longo da semana anunciou uma rodada de conversas com diversos setores da sociedade. 

Para "afinar" a base aliada, Dilma convocou na sexta-feira o PT, para tratar sobre a articulação na Câmara dos Deputados. Na próxima semana ele deve falar com senadores. A presidente quer evitar mais fogo amigo em meio a uma crise de popularidade que já lhe tirou 27 pontos percentuais de aprovação a pouco mais de um ano para a eleição em outubro de 2014.

Veja, na íntegra, a nota divulgada pela presidente:

Não procedem as especulações de mudanças ministeriais. O que espero de meus ministros é empenho na realização dos cinco pactos firmados com os governadores e prefeitos de capital: responsabilidade fiscal para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação; reforma política com plebiscito;  melhoria profunda nos serviços públicos de saúde; pacto nacional da mobilidade  urbana que permita um salto de qualidade no transporte público; e destinação dos royalties do petróleo para educação.

Dos meus ministros quero determinação para manter o Brasil no caminho do crescimento, da inclusão social, da geração de emprego e renda e da estabilidade econômica. 

Continuaremos a governar o Brasil para todos, especialmente para os menos protegidos.

Dilma Rousseff

Presidenta da República Federativa do Brasil

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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