Em nota, PPS defende asilo a senador boliviano no Brasil
O PPS, partido de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, defendeu, em nota divulgada nesta segunda-feira, que o governo brasileiro mantenha o asilo que concedeu ao senador boliviano Roger Pinto Molina.
De acordo com a nota, assinada pelo presidente nacional da sigla, o deputado federal Roberto Freire (SP), o governo brasileiro deve manter o asilo que concedeu ao senador, “embora a forma como ele deixou seu país e foi trazido para o Brasil deva ser esclarecida”.
“Eduardo Saboia agiu dentro da premissa da solidariedade humanitária e preocupado com a saúde do senador”, afirma o partido, defendendo a ação do diplomata brasileiro.
“O problema já poderia estar resolvido se o governo da Bolívia não tivesse, de forma abusiva, negado salvo-conduto ao senador nos termos dos tratados internacionais sobre asilo”, afirma Freire na nota.
Por conta da crise diplomática desencadeada pela fuga de Molina, o comando do Ministério das Relações Exteriores foi trocado. Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), foi nomeado como novo chanceler brasileiro, no lugar de Antonio Patriota.
Fuga
Com ajuda de brasileiros, Molina deixou La Paz de carro e seguiu até Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde pegou um avião para se deslocar até o aeroporto de Brasília. A ajuda com o avião particular partiu do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Depois de divulgada a operação secreta para transportar o boliviano, o Itamaraty publicou uma nota informando que abriria inquérito para investigar o episódio e tomaria medidas disciplinares cabíveis.
Confira abaixo, na íntegra, a nota do PPS
O Partido Popular Socialista (PPS) avalia que o governo brasileiro deve manter o asilo que concedeu ao senador da Bolívia Roger Pinto Molina e entende que, embora a forma como ele deixou seu país e foi trazido para o Brasil deva ser esclarecida, o diplomata Eduardo Saboia agiu dentro da premissa da solidariedade humanitária e preocupado com a saúde do senador.
O problema já poderia estar resolvido se o governo da Bolívia não tivesse, de forma abusiva, negado salvo-conduto ao senador nos termos dos tratados internacionais sobre asilo.
Roberto Freire
Presidente nacional do PPS