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Política

Em primeiro comício, Lula fala em cumprir a Bíblia e a Constituição

O petista voltou a chamar Bolsonaro de "fariseu"

18 ago 2022 - 20h51
(atualizado às 23h46)
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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato de campanha em São Bernardo do Campo (SP) 16/08/2022 REUTERS/Carla Carniel
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato de campanha em São Bernardo do Campo (SP) 16/08/2022 REUTERS/Carla Carniel
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No primeiro comício da campanha eleitoral, em Belo Horizonte, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez acenos a evangélicos, mulheres, negros e índios. Em tom emocionado, e por vezes até ofegante, afirmou ser preciso cumprir a Constituição e a Bíblia.

O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, já havia antecipado pela manhã que Lula faria um discurso com componentes voltados ao público evangélico, na tentativa de se proteger da ofensiva de seu principal adversário, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, sobre o segmento que corresponde a 30% do eleitorado.

"A gente tem que olhar a Constituição e ela tem que ser cumprida", afirmou Lula em Belo Horizonte. "A gente tem que olhar a Bíblia e ela tem que ser cumprida", acrescentou, em seguida.

O petista voltou a chamar Bolsonaro de "fariseu". "É heresia falar o nome de Deus em vão, como faz esse cidadão que não quero citar o nome", disse o candidato. "Estamos enfrentando uma pessoa desequilibrada, desestruturada. Estamos enfrentando pessoa que acha que tem que estimular ódio, é o contrário do que queremos", seguiu. "Ele está mais para fariseu do que para cristão, não respeita ninguém."

Lula também fez acenos às mulheres. "Não queremos que a mulher continue sendo tratada como se fosse objeto de cama e mesa nesse País. Queremos que a mulher seja sujeita da história, possa querer fazer o que ela quiser, do jeito que ela quiser, e para isso ela tem que ganhar o mesmo salário que o homem, fazendo a mesma função", afirmou, sob aplausos de apoiadores.

Aos índios, prometeu novamente a criação do Ministério dos Povos Originários e o fim do garimpo ilegal. Lula atacou o racismo e se comprometeu a "reconstruir" os ministérios da Igualdade Racial, da Mulher, e da Micro e Pequena Empresa - este anunciado nesta quarta, 17. "Queremos que o povo negro tenha o direito de ocupar os melhores empregos, os melhores cargos, as melhores universidades, é por isso que brigamos pelas cotas", seguiu Lula, em discurso que durou cerca de meia hora.

Estadão
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