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Política

Em troca de mensagens revelada pela PF, Cid cita Bolsonaro e minuta do golpe: ‘Imagina se ele tivesse assinado’

Conteúdo da mensagem mostra o espanto do tenente-coronel diante da reação da comunidade internacional aos ataques golpistas

17 fev 2024 - 14h38
(atualizado às 14h56)
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Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), viu com espanto a reação da comunidade internacional aos ataques golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Em uma troca de mensagem que teve com a esposa, Gabriela, Cid teria lembrado do possível efeito da assinatura da minuta de decreto que previa um golpe de Estado. 

Segundo o jornal O Globo, ainda no fim da noite do domingo, quando as sedes dos Três Poderes já tinham sido esvaziadas pelas forças de segurança, Gabriela Cid encaminhou por WhatsApp prints de chefes de Estado condenando energicamente a tentativa de golpe contra Lula e prestando apoio ao presidente eleito e empossado nas redes.

Gabriela destacou os posicionamentos do presidente da França, Emmanuel Macron, e do então dirigente da Argentina, Alberto Fernández, além de um post que aludia ao posicionamento do chefe de Estado colombiano, Gustavo Petro. “Imagina se ele tivesse assinado”, reagiu Cid.

Na avaliação dos investigadores da PF, o pronome “ele” tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro. Segundo a representação que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para a operação Tempus Veritatis do último dia 8, a mensagem confirma que o grupo investigado efetivamente elaborou um documento para executar um golpe de Estado no Brasil.

O documento citado pela PF seria a minuta de decreto golpista elaborada dentro do Palácio da Alvorada pelo então assessor especial da Presidência, Filipe Martins, e do jurista Amauri Feres Saad, com ajustes do próprio presidente Bolsonaro. Esta mesma minuta foi encontrada depois da casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Fonte: Redação Terra
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