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Política

Empresas citadas em operação da PF doam R$ 24 mi a campanhas

O maior contribuinte individual foi a OAS Construtora, com R$ 12,1 milhões

11 ago 2014 - 10h24
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<p>&quot;Lava Jato&quot; refere-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combust&iacute;veis para movimentar os valores oriundos de pr&aacute;ticas criminosas</p>
"Lava Jato" refere-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas
Foto: Polícia Federal / Divulgação

Partidos políticos e candidatos à eleição de outubro deste ano receberam R$ 24,3 milhões em doações de empresas envolvidas ou citadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira prestação de contas sobre as campanhas, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, indica que quatro empresas que mantêm ou já tiveram contratos com a Petrobras fizeram contribuições no primeiro mês de campanha. Nenhuma doação foi feita para campanhas dos titulares da CPI mista da Petrobras que disputam as eleições, segundo o jornal.

De acordo com o levantamento, o maior contribuinte individual foi a OAS Construtora, com R$ 12,1 milhões. A investigação da PF identificou que a empresa fez pagamentos à MO Consultoria, empresa que teve seu sigilo quebrado pela CPI mista e que seria firma de fachada do doleiro Alberto Youssef, um dos nomes envolvidos na operação.

Também fizeram doações para campanhas eleitorais as empresas UTC Engenharia (R$ 10,1 milhões), Toyo Setal Empreendimentos (R$ 2 milhões) e Engevix (R$ 50 mil). Planilha apreendida pela PF sugere que um ex-diretor da Petrobras negociou com as empresas doações para campanhas.

Deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentada R$ 10 bilhões. Um dos presos é o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito de receber propina e de envolvimento com o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef. A PF recolheu os documentos na sede da Petrobras no Rio de Janeiro.

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Fonte: Terra
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