Erika Hilton é alvo de deboche de deputados bolsonaristas ao denunciar homofobia
Ataques aconteceram durante discurso da deputada na sessão da CPMI em que Mauro Cid prestava depoimento
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi alvo de deboche de deputados bolsonaristas em uma sessão da CPMI do 8 de janeiro nesta terça-feira, 11. Mais cedo, parlamentares acusaram Abílio Brunini (PL-MT) de homofobia contra Erika ao sugerir que a deputada estava "oferecendo serviços".
Os incidentes aconteceram durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em que o ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, prestou depoimento.
A confusão começou no início da tarde, quando os senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) acusaram Brunini de homofobia e exigiram que o deputado fosse retirado. Arthur Maia (União-BA), presidente da sessão, solicitou a presença da Polícia Legislativa e que o caso fosse investigado.
Após Hilton retomar a fala durante a sessão e condenar ataques homofóbicos, os deputados bolsonaristas Pastor Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) passaram a fazer gestos em sinal de deboche ao discurso da parlamentar. Em um vídeo publicado por Guilherme Boulos (PSOL-SP), é possível ver o pastor tampando os ouvidos durante a fala de Erika.
Já Nikolas Ferreira publicou um vídeo em suas próprias redes sociais em que aparece bocejando de propósito. Nas redes sociais, deputados da base governista criticaram a postura de Feliciano e Ferreira.