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Política

Espanha não pedirá imunidade se diplomata tiver matado esposa em ato machista

13 mai 2015 - 12h11
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O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, garantiu nesta quarta-feira que o país abrirá mão da imunidade diplomática caso fique provado que o conselheiro de Interior da embaixada no Brasil, Jesús Figón, assassinou sua esposa em um ato de "violência machista"

"Se essa investigação avançar e provar que houve um caso de violência machista, a Espanha renunciará à imunidade diplomática que não pode servir, em nenhum caso, como álibi em fatos tão desagregáveis quanto os que estão sendo investigados", disse o ministro à imprensa em Valência.

García-Margallo explicou que deu instruções para que fique claro que a imunidade diplomática, que faz com que a apuração deste crime seja diferente de outros homicídios, não pode ser usada em casos como o de violência machista.

O ministro afirmou que a embaixada comunicou ao Itamaraty que a Espanha "não só não vê inconveniente algum na investigação em andamento, que corresponde às autoridades brasileiras", como se coloca à "disposição para colaborar com a investigação".

Jesús Figón foi liberado ontem algumas horas depois de ter se entregado à polícia e confessado o assassinato de sua esposa, a brasileira Rosemary Justino Lopes, por ter imunidade diplomática.

O funcionário da embaixada espanhola, de 64 anos, foi colocado "à disposição das autoridades brasileiras", que esperarão se a Espanha assumirá o caso, como é feito por conta de convênios diplomáticos internacionais, ou renunciará a esse direito, deixando as investigações nas mãos da Justiça do Brasil.

O casal vivia em Brasília, mas viajava constantemente a Vitória, onde tinha um apartamento, no qual foi cometido o assassinato.

EFE   
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