Espanha retira imunidade de diplomata que matou no Brasil
Polícia brasileira deteve na terça-feira passada o responsável de segurança da embaixada da Espanha no Brasil acusado de matar sua esposa
O Ministério de Relações Exteriores da Espanha retirou, a pedido das autoridades brasileiras, a imunidade diplomática ao comissário e conselheiro de Interior da embaixada da Espanha no Brasil, Jesús Figón, após o assassinato de sua esposa, confirmaram fontes oficiais nesta quinta-feira (14).
O Brasil solicitou na quarta-feira a retirada da imunidade de Figón, dada a "gravidade" dos fatos, informaram as fontes.
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Após receber o pedido, a embaixada da Espanha, de acordo com as instruções do ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, apresentou uma nota na qual concordava com a solicitação das autoridades brasileiras.
García-Margallo anunciou ontem que se fosse demonstrado que "houve violência machista" no assassinato, a Espanha renunciaria à imunidade porque esta "não pode servir, em nenhum caso, como álibi em fatos tão desagregáveis como os que estão sendo investigados", afirmou.
O ministro ressaltou que a embaixada comunicou à Chancelaria brasileira, por instruções suas, que a Espanha "não só não põe nenhum inconveniente à investigação em andamento das autoridades brasileiras", mas estava "a sua disposição para colaborar na investigação de um fato da gravidade que se discute".
A Polícia brasileira deteve na terça-feira passada o responsável de segurança da embaixada da Espanha no Brasil acusado de matar sua esposa, a brasileira Rosemary Justino Lopes de 50 anos.
No entanto, ele foi posto em liberdade poucas horas depois por gozar de "imunidade diplomática".