'Estão brincando com fogo', diz assessor de Bolsonaro sobre operação da PF
Ex-presidente é um dos alvos de operação que investiga dados falsos em cartão de vacinação contra Covid-19
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu apoio de políticos, advogados e auxiliares quando foi surpreendido pela Polícia Federal em sua casa, na manhã desta quarta-feira, 3. A PF deflagrou uma operação que investiga fraude nos dados do cartão de vacinação contra a covid-19.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, aliados de Bolsonaro buscam voos comerciais e até jatos particulares para irem até Brasília nesta manhã. O ex-presidente estaria tenso e pediu que todos se reunissem assim que possível.
"Estão brincando com fogo", disse um dos principais auxiliares de Bolsonaro à jornalista da Folha, sob a condição de anonimato. "Estão fazendo coisas sem a menor justificativa e explicação, verdadeiros absurdos, estão querendo incendiar o Brasil", continuou.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso nesta manhã, o que é considerado grave pelo auxiliar. "A PF entrou em uma vila militar, onde o Cid vive, para prendê-lo", seguiu.
Outros presos
Além do Cid, a operação pendeu mais três outros nomes: o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, o policial militar que atuou na segurança presidencial, Max Guilherme, e o militar do Exército e também segurança pessoal de Bolsonaro, Sérgio Cordeiro.
*Com informações do Estadão Conteúdo