Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

‘Eu acho que vão’, diz Lula sobre EUA entrar no fundo amazônico

Presidente se reuniu com Joe Biden nesta sexta-feira, 10, na Casa Branca

10 fev 2023 - 21h29
(atualizado às 21h55)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Reprodução/CNN

Após conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira, 10, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que acredita que o país norte-americano vai entrar para o Fundo Amazônia, de preservação ambiental. Além disso, o chefe de estado destacou que Biden tem consciência de que outros países devem ter suas faunas e floras preservados, para conservação do planeta.

Lula se reuniu pela primeira vez com Biden na Casa Branca, e discutiram algumas questões mundiais, como a climática. Depois do encontro, o presidente se apresentou à imprensa na frente da residência oficial do governo norte-americano. Em uma das primeiras perguntas, foi questionado se os EUA iam aderir ao fundo amazônico.

"Eu acho que vão. É necessário que participe. O Brasil não quer transformar a Amazônia num santuário da humanidade, mas o país não quer abrir mão que a Amazônia, que é um território que o Brasil é soberano. O que nós queremos na verdade é compartilhar com a ciência do mundo inteiro um estudo profundo sobre a necessidade da manutenção da amazônia, mas extrair a riqueza, da diversidade da amazônia algo que possa significar a melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram lá, que são mais de 25 milhões de pessoas.”

Segundo Lula, além do Fundo Amazônia, também foi debatida a necessidade dos países ricos assumirem a responsabilidade de financiar todos aqueles que têm florestas. “Além do Brasil nós temos Equador, Colômbia, Peru, Venezuela e Guianas, ou seja, nós temos vários países que temos que cuidar. Cuidei da necessidade de preservar”, afirmou pouco antes de voltar atrás, e garantir que os Estados Unidos vão participar do Fundo. 

"Acho importante levar em conta que nós precisamos transformar a riqueza da nossa biodiversidade em algo que possa ser proveitoso para o povo brasileiro que vive na Amazônia", afirmou.

Lula também falou sobre o objetivo do Brasil de chegar em 2030 ao marco de desmatamento zero. "Nós vamos ter que conversar com muitos governadores, prefeitos, nós vamos ter que, ao invés de proibir, vamos ter que ajudar a incentivar as cidades a não terem que desmatar". Garantiu ainda que o país será duro com os madeireiros e garimpeiros ilegais, com o intuito de cuidar dos indígenas e do meio ambiente para o mundo.

O mandatário ainda pontuou que precisamos ter uma governança com mais autoridade mundial, que outros países possam participar do conselho de segurança, para que algumas decisões do campo climático sejam tomadas a nível internacional. Lula afirmou também que sentiu muita disposição de disposição do presidente americano para contribuir com isso.

"A nossas equipes vão continuar conversando em todas as áreas para que gente possa ter uma evolução muito importante para Brasil e Estados Unidos".

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia foi criado em 2008, e capta doações para investimento em ações voltadas para a preservação, monitoramento e fiscalização da Amazônia. As doações são feitas por empresas, empresário e governos, e as aplicações são gerenciadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). 

Atualmente, conforme consta no site do programa, 102 projetos são apoiados, e o valor total de apoio é de R$ 1,7 milhões. 

Guerra

Ainda durante a entrevista coletiva, Lula disse ter conversado sobre a situação da guerra na Ucrânia, e a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos diretamente ou inderetamente no conflito, para que seja encontrada a "possibilidade de fazer a paz".

"Ou seja, eu estou convencido que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra. E eu senti da parte do presidente Biden a mesma preocupação. Porque ninguém quer que essa guerra continue, e é preciso que tenha parceiros capazes de construir um grupo de negociadores, que os dois lados acreditem, e que os dois lados possam compreender e terminar essa guerra. A primeira coisa é acabar essa guerra. Depois é negociar o que vai acontecer no futuro, mas é preciso parar de atirar, senão não tem futuro", finalizou.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade