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Política

Ex-assessor da Casa Civil diz que 'jamais' abusou de adolescentes

31 ago 2013 - 16h54
(atualizado às 18h18)
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Ele chegou por volta das 16h15 ao 3º DP de Curitiba (PR) depois de ser preso no início da manhã em Foz do Iguaçu, a 636 quilômetros da capital paranaense
Ele chegou por volta das 16h15 ao 3º DP de Curitiba (PR) depois de ser preso no início da manhã em Foz do Iguaçu, a 636 quilômetros da capital paranaense
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra

O ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República Eduardo André Gaievski, acusado de estupro de vulnerável, afirmou neste sábado que “jamais” abusou de adolescentes. Ele chegou por volta das 16h15 ao 3º DP de Curitiba (PR) depois de ser preso no início da manhã em Foz do Iguaçu, a 636 quilômetros da capital paranaense. Policiais civis levaram o ex-assessor para Curitiba, depois de uma viagem de cerca de sete horas. 

Gaievski estava com um mandado de prisão preventiva desde o dia 23 de agosto e, no início da semana, foi exonerado do cargo de assessor. Ele é acusado de manter relações sexuais com jovens enquanto era prefeito da cidade de Realeza, no sudeste do Paraná, entre 2005 e 2012. Em 2013, Gaievski assumiu a função na Casa Civil, onde trabalhava com a ministra Gleisi Hoffmann.

O ex-assessor foi preso no apartamento de parentes em Foz do Iguaçu. Segundo a polícia, ele se preparava para deixar o País e pretendia se esconder em uma propriedade que um tio dele possui no Paraguai. Ao chegar na delegacia escoltado por policiais e sem algemas, Gaievski negou as acusações e disse que não fugiu para o Paraguai enquanto era procurado pela polícia. Ele deve ser transferido para outra unidade em Curitiba por ter direito à cela especial. 

O delegado Rafael Vianna, que comandou a operação policial que culminou na prisão do ex- assessor, disse que ele se mostrou tranquilo durante a viagem entre Foz do Iguaçu e Curitiba. Gaievski foi levado para a capital paranaense por questões de segurança em razão do crime que é acusado. "Ele não resistiu à prisão, se entregou e colaborou a tudo o que foi solicitado. Durante a viagem, ele estava muito tranquilo. Afirmou que é inocente e que vai se defender ao longo do processo", disse o delegado.

A investigação foi conduzida pela promotoria de Realeza e já está em processo judicial. O Ministério Público deu início às investigações há cerca de três anos. A Polícia Civil apenas cumpriu o mandado de prisão, com auxilio de policiais de Curitiba, Foz do Iguaçu e Realeza, além das polícias do Distrito Federal e de Santa Catarina. Como o processo corre em segredo de Justiça por envolver adolescentes, a polícia informou que não pode dar mais detalhes dos supostos crimes. 

Acusações
Eduardo André Gaievski ocupou a prefeitura de Realeza por dois mandatos consecutivos, entre 2005 e 2012, eleito pelo PT. Dezoito dias após deixar a prefeitura, ele foi nomeado como assessor especial da Casa Civil.

Desde 2010, Gaievski era monitorado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por denúncias de exploração sexual de menores. Gravações interceptadas pelo Gaeco revelaram conversas em que o ex-prefeito marcava encontros com garotas menores de 14 anos, oferecendo dinheiro. Para adolescentes entre 14 a 18 anos, o ex-assessor ofertava empregos a elas ou a familiares na prefeitura da cidade. Na sexta-feira da semana passada, a Justiça do Paraná emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele sob a acusação de estupro de vulnerável. Desde então, ele está foragido.

No sábado, Gaievski foi afastado do cargo que ocupava na Casa Civil. No Paraná, ele era apontado como um dos principais nomes do PT e estava cotado para ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, além de atuar como um dos coordenadores da suposta candidatura da ministra Gleisi Hoffmann ao governo do Estado.

Na última segunda-feira, a executiva estadual do PT determinou a suspensão de Gaievski "para que sejam devidamente esclarecidas as circunstâncias e veracidade das acusações contra o ex-prefeito".

Fonte: Especial para Terra
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