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Política

Ex-diretor diz não ter sido punido após compra de refinaria

Nestor Cerveró rebateu as afirmações de que a compra da refinaria foi "malfadada" ou "desastrosa"

16 abr 2014 - 14h33
(atualizado às 15h22)
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<p>Cerveró disse aos deputados que não é justo classificar como malfadada ou desastrosa a compra da refinaria de Pasadena</p>
Cerveró disse aos deputados que não é justo classificar como malfadada ou desastrosa a compra da refinaria de Pasadena
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados que não é justo classificar como malfadada ou desastrosa a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Emocionado, disse não considerar ter sido “rebaixado” em meio à negociação, em uma operação que custou US$ 1,2 bilhão.

Cerveró era diretor da área internacional da Petrobras e foi deslocado para a BR Distribuidora, subsidiária da estatal, depois de a companhia brasileira entrar em desacordo com a sócia Astra Oil. O ex-diretor é responsabilizado pela presidente Dilma Rousseff por ter feito um resumo falho, na opinião dela, que embasou a compra. Ele foi demitido neste ano depois da polêmica em torno da refinaria.

“Eu não me senti rebaixado. Eu fui substituído que é um processo normal da Petrobras. Não existe emprego de diretor”, disse. Ao lembrar de sua carreira na Petrobras, Cerveró ficou emocionado. “Não houve nenhuma punição. Inclusive na minha saída está relatada uma série de elogios ao meu desempenho. Fui ocupar uma posição de destaque na BR distribuidora”, afirmou. Ontem, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que Cerveró foi para um cargo muito mais "restrito".

Ao defender a compra, Cerveró disse que a Petrobras não fez todos os investimentos necessários para tornar a refinaria mais eficiente para processar petróleo pesado. Além disso, houve uma mudança no mercado com a crise nos Estados Unidos entre 2008 e 2009. “O que não posso aceitar é que seja colocada repetidas vezes que essa operação é malfadada. Esse projeto não foi completado, conforme estava previsto”, disse.

Para o ex-diretor, havia uma estratégia da companhia de refinar petróleo no exterior e Pasadena parecia atrativa por estar nos Estados Unidos, o maior mercado de combustível do mundo. “Isso não foi uma operação desastrosa. Desastrosa seria se a operação tivesse explodido e não estivesse operando”, disse.

Cerveró lembrou que a negociação foi aprovada coletivamente pela diretoria da Petrobras e encaminhada ao Conselho de Administração, onde ganhou o aval de todos os conselheiros. A compra também ganhou parecer favorável do Citigroup.

“Essa proposta foi negociada, envolveu a diretoria. Isso foi levado e foi aprovado pela diretoria e encaminhado ao conselho. E também fruto de uma série de análises. Não há açodamento”, afirmou.

Fonte: Terra
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