Extremistas roubaram armas e munições do Planalto de área que cuida da segurança do presidente
Secom divulgou imagens de maletas de armamentos vazias; membro do governo suspeita de informações privilegiadas
Os extremistas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo, 8, roubaram armas e munições que estavam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, no Palácio do Planalto.
A informação foi divulgada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta. Segundo ele, foram levadas armas letais e não letais.
As imagens divulgadas pelo ministro têm caixas de armamentos vazias e uma sala com materiais revirados. "Em cada uma dessas maletas eram armas, letais e não letais. E tentaram colocar fogo (na sala)", diz o ministro.
O secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, disse suspeitar que os extremistas tinham informações privilegiadas sobre o que havia na sala.
"Nos demais andares eles depredaram. Tinham informação de que aqui se guardavam armas. Tinham informação do que deveriam levar daqui", disse.
Bolsonaristas assaltaram a República
O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta e o secretário do Ministério da Justiça, @wadih_damous denunciaram o roubo de armas letais e não letais da sala do GSI no Palácio do Planalto. Mais um crime cometido pelos inimigos da democracia! pic.twitter.com/5EBgKLmY4Z
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) January 9, 2023
Em nota, a Controladoria-Geral da União (CGU) informou que vai orientar todos os órgãos e entidades do Poder Executivo a abrir investigações contra servidores federais que tenham participado da depredação.
Os órgãos deverão "proceder à devida instauração de processos administrativos para apurar e punir exemplarmente servidores públicos federais que, tendo participado dos atos de invasão de repartições e depredação do patrimônio público, atentaram contra os deveres de lealdade às instituições e de moralidade administrativa que devem orientar a atuação do agentes públicos e, principalmente, contra o Estado Democrático de Direito, os quais poderão ser demitidos por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional".