Fachin foi a todos gabinetes de senadores antes de sabatina
Indicado para o STF assistiu a vídeos de sabatinas antigas para se preparar para sessão na CCJ do Senado
Indicado pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luiz Edson Fachin fez uma peregrinação nos últimos dias pelos gabinetes dos 81 senadores em busca de apoio. O jurista, que será sabatinado nesta terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), só não foi recebido pessoalmente por cinco senadores.
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A indicação de Fachin enfrenta resistência por setores do Senado. Apesar de ser apoiado pelo relator, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o advogado não deve encontrar um ambiente fácil na sabatina.
Nos últimos dias, o advogado teve de divulgar um vídeo nas redes sociais para se defender de críticas por ter atuado como advogado enquanto exercia o cargo de procurador do Paraná. Senadores também devem questionar o professor de Direito Civil sobre sua proximidade com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por declarações favoráveis ao casamento gay.
Dentre cinco senadores que não receberam Fachin pessoalmente está o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), que é ruralista, e Magno Malta (PR-ES), da bancada evangélica. A assessoria do indicado diz que ele encaminhou currículo e uma carta aos congressistas com quem não conseguiu conversar pessoalmente.
Para se preparar, Luiz Edson Fachin assistiu, nos últimos dias, vídeos de sabatinas já realizadas pela CCJ do Senado com indicados para o Supremo. Ele também estudou temas polêmicos, como a maioridade penal, que devem ser questionados pelos senadores.
Pela primeira vez, um indicado para o STF poderá ser questionado por cidadãos. Qualquer pessoa poderá encaminhar perguntas para o portal e-cidadania, do Senado, que poderão ser lidas pelos senadores.
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