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Política

Falcão elogia tesoureiro, mas não fecha as portas a Vaccari

Após comparar a "unanimidade" de aprovação do novo tesoureiro Marcio Macedo dentro do partido com a do ex-presidente Lula, Rui Falcão saiu em defesa de João Vaccari Neto, preso nesta semana na Operação Lava Jato

17 abr 2015 - 19h56
(atualizado às 20h13)
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O presidente nacional do PT, Rui Falcão durante coletiva de Imprensa, no Diretório Nacional do PT, na Rua Silveira Martins, centro de São Paulo, SP, nesta sexta-feira (17)
O presidente nacional do PT, Rui Falcão durante coletiva de Imprensa, no Diretório Nacional do PT, na Rua Silveira Martins, centro de São Paulo, SP, nesta sexta-feira (17)
Foto: Fernando Zamora / Futura Press

Ao comentar as decisões tomadas pelo diretório nacional do PT nesta sexta-feira (como a nomeação do ex-deputado federal Marcio Macedo à tesouraria e o fim das doações empresariais ao partido), o presidente nacional Rui Falcão elogiou o "unânime" novo tesoureiro, mas, mais uma vez, saiu em defesa de João Vaccari Neto, antigo ocupante do cargo que foi afastado e preso nesta semana em ação da Operação Lava Jato. 

"Era necessário que o tesoureiro escolhido, já que compartilha todas as responsabilidades comigo, tivesse sintonia com o presidente do partido, como tinha o companheiro Vaccari. Depois de várias conversas se chegou a um consenso em torno do nome de Marcio Macedo, que tem experiência política e parlamentar e é militante há vários anos. Ele foi aprovado por unanimidade - e isso não é fácil no PT. O Lula, talvez, seja nossa única unanimidade", disse Falcão. "E ele não é tesoureiro interino, não é 'tampão'. É pleno. É uma pessoa de reputação e experiência comprovadas que se dispôs a assumir uma tarefa espinhosa. Tem coragem", completou.  

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O presidente alegou também que as opções eram muitas, pois todos os membros do diretório nacional, efetivos e suplentes, têm "capacidade, habilidade e confiança" para exercer o tesourariado. Ainda segundo ele, muitos parlamentares inicialmente cotados abdicaram de suas indicações "por razões de ordem pessoal". 

Falcão, no entanto, não deixou de, mais uma vez, sair em defesa de Vaccari. Para o presidente, o ex-tesoureiro foi preso injustamente e, caso desejasse retomar suas funções no partido, não seria, pelo menos por enquanto,  impedido. 

"Ficamos muito satisfeitos se a possibilidade do habeas corpus, que já foi acionada, se viabilizar o mais rápido possível. Não havia nenhuma razão para que ele fosse preso como foi, já que prestou todos os esclarecimentos, prestou depoimentos a PF, foi a CPI e disse que estava a disposição. As informações que têm sido veiculadas de forma seletiva não são verdadeiras. Ele não tem nenhuma relação com a questão da gráfica. Da mesma maneira, o patrimônio adquirido pela família dele tem plena comprovação legal bancária e fiscal, como já ficou demonstrado. Portanto, não há impedimento partidário até o momento para que ele, se desejar, pudesse reassumir suas funções. No momento, está afastado a pedido dele, então essa questão não está colocada", pontuou. 

Tesoureiro do PT é preso em nova fase da Lava Jato:

Fonte: Terra
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