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Política

‘Faltou protagonismo do PT’ para reforma política, diz Renan

Após protestos, presidente Dilma voltou a defender necessidade de reforma; Michel Temer diz que, com PMDB à frente do Congresso, reforma política “agora vai”

17 mar 2015 - 13h29
(atualizado às 14h11)
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<p>O presidente do Senado, Renan Calheiros (esquerda), e o vice-presidente Michel Temer, ambos do PMDB; o partido apresentou hoje uma nova proposta de reforma política</p>
O presidente do Senado, Renan Calheiros (esquerda), e o vice-presidente Michel Temer, ambos do PMDB; o partido apresentou hoje uma nova proposta de reforma política
Foto: Débora Melo / Terra

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que a reforma política só não foi aprovada pelo Congresso Nacional porque "faltou protagonismo do PT e do governo federal" para levar os projetos adiante.

“Nós tivemos muitas dificuldades, nós já votamos muita coisa de reforma política”, disse Renan. “Mas faltou, sobretudo, nesses momentos, o protagonismo do governo e o protagonismo do PT. Eu espero que, a partir de agora, com o protagonismo da presidente da República e com o protagonismo do seu partido, do PT, nós tenhamos condições para levar adiante essa reforma política”, continuou.

As declarações de Renan foram dadas em uma cerimônia na qual o PMDB entregou sua proposta de reforma política ao presidente do partido, o vice-presidente da República Michel Temer. Depois das manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que levaram milhares de pessoas às ruas do País no último domingo, a petista voltou a defender a necessidade de realização de uma reforma política.

A relação entre o presidente do Senado e o Palácio do Planalto estremeceu depois que Renan teve seu nome incluído pela Procuradoria-Geral da República na lista de investigados da Operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras.

De acordo com Michel Temer, com o PMDB ocupando as presidências do Senado e da Câmara (que está sob o comando do deputado Eduardo Cunha), a reforma política “agora vai”. “Nós temos a obrigação de não falharmos neste momento. Precisamente no instante em que o PMDB ocupa a presidência da Câmara e a presidência do Senado, o País confia muito que agora a reforma política vai”, afirmou Temer.

A opinião é compartilhada por Renan, que afirma que as Casas poderão estabelecer uma espécie de “pauta expressa” para aprovar a reforma. “Eu quero dizer que, com a presidência do Senado e com a presidência da Câmara, nós vamos poder estabelecer uma espécie de pauta expressa de matérias que simultaneamente possam ser apreciadas.”

Financiamento privado

A proposta do PMDB, contudo, não está totalmente alinhada com o que defende o PT, que prega, por exemplo, o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais. No texto apresentado hoje, o PMDB defende a manutenção do financiamento privado, embora limite as contribuições de empresas a apenas um candidato; o PMDB também pede a mudança do sistema eleitoral para o modelo chamado “distritão” e defende o fim da reeleição, com mandatos de cinco anos.

“Conversa e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. O que exatamente foi entregue ao presidente Michel Temer é que ele inicie as negociações. É necessário que haja negociação”, disse o ex-ministro Moreira Franco, presidente nacional da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, palco da cerimônia de entrega da proposta.

“A reforma política passa a ser um fato a partir das articulações que o presidente do PMDB, Michel Temer, fará, para junto de lideranças da Câmara e do Senado, para encaminhar e negociar essas propostas que estamos fazendo”, completou Moreira Franco.

"É necessário uma reforma política", diz ministro da Justiça:

Fonte: Terra
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