Faroeste em Canoas: denúncias, ataques e fakenews prometem a eleição mais eletrizante deste ano no RS
Conforme adiantado pela coluna anteriormente, o cenário eleitoral canoense iria dar o pontapé inicial em uma nova fase da polarização da política gaúcha
Faltando apenas quatro dias para o segundo turno das eleições, o cenário político de Canoas, na Região Metropolitana, é típico de um faroeste. Os dois candidatos à prefeitura, Airton Souza (PL) e o atual prefeito Jairo Jorge (PSD) estão promovendo o que pode ser considerada a campanha mais eletrizante até o momento no Rio Grande do Sul. Isso contrasta bastante com a situação de Porto Alegre, na qual a corrida eleitoral está sendo tranquila dentro do possível.
O principal cenário do bangue-bangue eleitoral canoense, como era de se esperar, é virtual. As redes sociais estão pipocando de ataques e acusações vindas de ambos os lados e ambos os candidatos estão explorando ao máximo as possibilidades. O prefeito Jairo Jorge até tentou construir uma campanha mais polida, mas dá para notar que as pessoas se uniram contra ele. Com isso, suas estratégias também se renderam aos ataques contra os aliados de Airton Souza, principalmente contra o deputado federal Luiz Carlos Busato, pai do vice na chapa do candidato do PL. Além disso, a improvável vitória do próprio Airton Souza no primeiro turno ligaram o alerta máximo na confortável campanha de Jairo Jorge. E também há o fato de todos os partidos que concorreram na primeira etapa do pleito se reunirem ao redor do candidato do PL.
É válido notar que os próprios eleitores dos postulantes estão se mobilizando ativamente na campanha, o que deixa tudo ainda mais intenso. Fora os apoiadores "anônimos", também podemos ver figuras bem conhecidas na política estadual e nacional no cenário eleitoral de Canoas. O ministro Paulo Pimenta está engajado no apoio à reeleição de Jairo Jorge, enquanto o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL) também está ativo em seu apoio ao candidato Airton Souza.
Conforme adiantado pela coluna anteriormente, o cenário eleitoral canoense iria dar o pontapé inicial em uma nova fase da polarização da política gaúcha. E tendo em vista o faroeste que vemos até o momento em 2024, sendo quase uma "terra sem lei", podemos assumir que essa análise se mostra precisa. Só nos resta esperar para ver como isto vai refletir no pleito de 2026 no estado.
