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Política

Feliciano crê que "cura gay" não passa e vê deboche contra evangélicos

27 jun 2013 - 00h50
(atualizado às 05h39)
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<p>Cerca de 300 pessoas participaram de mais um protesto, na noite desta quarta-feira, em São Paulo, para pedir a saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara</p>
Cerca de 300 pessoas participaram de mais um protesto, na noite desta quarta-feira, em São Paulo, para pedir a saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) protestou, por meio da sua conta no Twitter, após declaração do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), de que se compromete a "enterrar" o projeto conhecido como "cura gay" (PDC 234/11).

Feliciano se disse vítima de preconceito por sua religião e acusou a imprensa de omitir uma manifestação organizada pelo pastor Silas Malafaia no último dia 5 de junho, que teria reunido 70 mil pessoas favoráveis à proposta. Para ele, é certo que o projeto não será aprovado e a bancada evangélica será " humilhada e debochada. Chamada de retrógrada e fundamentalista".

"Nós evangélicos e cristãos não somos respeitados! A primeira manifestação pacifica foi realizada pelo pastor Silas Malafaia e reuniu 70 mil pessoas!  As poucas notas que saíram na imprensa foram, com raríssimas excessões, denegrindo, acusando, expondo ao ridículo nosso manifesto. Nosso povo não é respeitado nunca! 70 mil pessoas aqui na Explanada e nem sequer uma mísera consideração, nem respeito", escreveu o deputado, que sugeriu novas passeatas evangélicas.

"Se eu tivesse o poder de convocar o faria! Convocaria nosso povo, para virem protestar em Brasília semana que vem com cartazes e faixas. Também convocaria a irem pelas ruas do Brasil protestar contra o preconceito religioso, contra a imoralidade que nos assola. Para protestar a favor da liberdade de expressão! Protestar contra o aborto! Contra a legalização das drogas!", publicou no microblog.

Para Feliciano, as manifestações de políticos contra o projeto da "cura gay" é uma maneira de "humilhar" a bancada evangélica. 

"Covardia! Nós sempre soubemos que o projeto (da "cura gay") não passaria, pois o PT e outros têm maior número e derrubariam o projeto na Seguridade e na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). Para eles não basta derrubar um projeto de um evangélico, é preciso humilhar!  Irão humilhar e debochar da bancada evangélica, chamada de retrógrada e fundamentalista. Nos acusarão de preconceituosos, homofóbicos, etc."

O deputado atacou diversas vezes Henrique Alves por seu posicionamento: "a presidenta Dilma se reuniu com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); o presidente Henrique Alves se reuniu com diversos representantes e irá atender os pleitos. E nós? Onde ficamos? Como ficamos? No limbo do esquecimento cobertos pelo preconceito religioso, humilhados, esquecidos.  O PSOL, o movimento GLBTT, parte da mídia, rotularam o PDC 234 com um apelido podre, aproveitam do momento para mais uma vez me perseguirem. Se movimentam com o apoio do presidente Henrique Alves para transformarem o plenário na próxima semana num Circo! Presidente Henrique Alves fica aqui uma indagação. Vossa Excelência Soube q dia 5 de junho o pastor Malafaia numa convocação colocou 70 mil evangélicos aqui?", contestou.

O texto da "cura gay" propõe a suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999, que proíbe os profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e de tratar a homossexualidade como doença. Os profissionais também não podem adotar ação coercitiva a fim de orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Fonte: Terra
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