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Política

Feliciano diz que queda de popularidade de Dilma é obra divina

16 ago 2013 - 01h47
(atualizado às 10h36)
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Durante um culto religioso de inauguração de uma igreja em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, na noite de quinta-feira, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que as igrejas têm se aproximados dos homossexuais para evitar que sejam apedrejadas, atribuiu a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff a uma obra divina por conta das injustiças sofridas por ele quando foi alvo de protestos na Câmara e chamou os colegas da bancada evangélica em Brasília de covardes. 

Feliciano chegou ao local por volta das 21h como a atração principal do culto de inauguração da igreja, “é aqui que o pastor Feliciano vai pregar?”, perguntavam os fieis que chegaram ao local ainda sem identificação.  O evento teve shows musicais bem ecléticos com rock progressivo, sertanejo e música romântica, intercalada com os pastores locais pedindo o dízimo em ao menos duas oportunidades, e falando da presença de vereadores pastores, vice-prefeitos e assessores do governador do Rio Grande do Sul.

Com a ajuda de um fundo musical tocado por um de seus assessores, Paulo Marinho, Feliciano falou por quase duas horas e passeou por uma gama diversas de temas, mas quase sempre voltando as críticas aos homossexuais, como quando falou sobre a atitude de uma líder religiosa que convidou os gays para se aproximarem da igreja, porque os evangélicos poderiam aprender com eles.

“Acho que a intenção de aproximar as pessoas é boa, mas dizer que temos que aprender com eles? Quer dizer que dois mil anos de igreja não serviram para nada? Sabe o que é isso? É a desculpa pra não terem as igrejas deles apedrejadas”, afirmou, referindo a líder religiosa Ana Paula Valadão.

Ao falar sobre os protestos dos quais foi alvo, quando assumiu a presidente da Comissão de Diretos Humanos da Câmara, ele afirmou que uma espécie de plano divino fez com que a presidente perdesse a popularidade. “A presidente do nosso País, que é do partido que mais me perseguiu, que é o PT, que há cinco meses estava com 75% de aprovação, caiu pra 30%, e ninguém consegue entender”, afirmou.

Ele disse que no período em que foi perseguido por ativistas, perdeu sua vida, e não contou com o apoio nem da bancada evangélica, a quem ele classificou como covardes, por se omitirem de lutas de interesse do movimento evangélico como o kit gay ou a adoção de crianças por casais homossexuais. 

Manifestantes cantam Robocop Gay para Feliciano em avião:

“Daqui a alguns dias, meninos e meninas serão adotados por dois homens ou duas mulheres... são 73 deputados (da bancada evangélica), mas eu sou o único maluco que fica lutando contra tudo isso, e na hora de aparecer, correm todos... crentes eleitos pelos seus votos, são covardes”, atacou. 

Ao final da pregação, Feliciano fez algumas piadas sobre sua sogra, “uma mulher de Deus”, elogiou ao se redimir da brincadeira, para logo em seguida anunciar dois DVDs, um livro, um CD e uma camiseta com os dizeres “Marco Feliciano me representa”, vendidos na saída do culta por R$ 10, cada. “Eu fiquei três meses sem poder pregar, por isso peço que me ajudem”, disse o pastor, que foi muito assediado por todos. 

Fonte: Terra
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