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Política

FHC diz que manifestações contra o Congresso não são risco

Para o tucano o mundo, assim como o Brasil, passa por uma onda reacionária; ele evitou fazer críticas mais incisivas ao presidente Bolsonaro

7 mar 2020 - 13h40
(atualizado às 14h22)
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Ainda que tenha criticado recentemente a postura do presidente Jair Bolsonaro de endossar as manifestações marcadas para o próximo dia 15, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entende que elas não representam um risco para o País.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Foto: Charles Sholl / Raw Image / Estadão Conteúdo

"O risco do Brasil não são as manifestações. O risco é de os que tomam decisões ficarem com medo de afirmar os seus valores", disse o ex-presidente, sem elaborar mais ou especificar sobre quem se referia. Ele defendeu que líderes políticos não devem temer reações das ruas.

FHC se disse um "partidário da liberdade e da democracia" e favorável a manifestações populares, mas ponderou que é preciso obedecer à linha tênue que delimita a democracia.

"Qualquer manifestação é manifestação. A sociedade tem direito de se manifestar, desde que não saia do limite". Para o tucano, o mundo, assim como o Brasil, passa por uma onda reacionária. Ele evitou fazer críticas mais incisivas ao presidente Bolsonaro.

Em 25 de fevereiro, Fernando Henrique publicou nas redes sociais que o País estava diante de uma "crise institucional de consequências gravíssimas", após Bolsonaro compartilhar no WhatsApp convocações a manifestações contrárias ao Congresso Nacional, como revelado pela jornalista do Estadão Vera Magalhães.

Descriminalização das drogas

Em evento organizado neste sábado, 7, pelo The Green Hub sobre maconha medicinal, FHC defendeu a regulamentação do uso da cannabis, para fins medicinais ou recreativos. "Vamos abrir o jogo, vamos debater. Isso aqui é uma democracia, ou pelo menos deveria ser. Só pela repressão não vai dar", declarou. "Com ou sem lei, o pessoal usa [maconha]. Então melhor que use com regulamentação."

Estadão
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