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Política

Flávio representará contra Renan na PGR e Conselho de Ética

Filho '01' do presidente Jair Bolsonaro afirmou que o senador tem tido uma postura "arbitrária" e "ilegal" como relator da CPI da Covid

8 jul 2021 - 10h53
(atualizado às 11h18)
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse nesta quinta-feira, 8, que deve representar na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Conselho de Ética do Senado contra o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL). Desafetos, Renan e Flávio já bateram boca e trocaram xingamentos publicamente.

A jornalistas, o filho '01' do presidente Jair Bolsonaro afirmou que Renan tem tido uma postura "arbitrária" e "ilegal" como relator da CPI da Covid. O senador ainda voltou a acusar Renan de perseguição contra ele, afirmando que o senador do MDB teria "um bunker na sua casa" com uma foto de Flávio na parede, junto de um "organograma com pessoas" de seu entorno para investigar. "Para tentar me incriminar de alguma forma", afirmou.

Covaxin

O contrato para compra da vacina Covaxin investigado por supostas irregularidades pela CPI da Covid, pela Policia Federal e pelo Ministério Público não deveria ter sido suspenso, na opinião de Flávio Bolsonaro.

Questionado se a paralisação do negócio após as denúncias virem a público não teria sido uma ação tardia, o senador afirmou que a suspensão, para ele, não seria necessária.

"Não acho que foi tardia, acho que não tinha nem que ter sido suspenso o processo da Covaxin, tem que se aguardar as investigações, deixar tudo pronto, e se comprovar que não houve nada, como até agora não há comprovação de que houve alguma coisa, você providenciaria mais vacina no braço do brasileiro de forma mais rápida", disse Flávio a uma jornalista.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o governo de Jair Bolsonaro fechou contrato para a compra da Covaxin por um preço 50% mais alto do que o valor inicial da oferta, de US$ 10 por dose. O acordo, fechado em 25 de fevereiro deste ano, prevê pagamento de US$ 15 a unidade, o mais alto entre os seis imunizantes negociados até agora pelo País.

Irregularidades no preço e suspeitas de fraude na negociação do imunizante estão entre os pontos investigados pela CPI da Covid. O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda também afirmou à comissão que houve uma pressão atípica para que ele agilizasse o processo de importação da vacina.

"Suspensão, acredito eu, é muito mais numa linha prudência, esperar ver o que vai acontecer, e tomar decisão em seguida. Então no meu ponto de vista nem precisaria haver a suspensão desse procedimento, até porque se não me engano já está na Anvisa", pontuou Flávio.

Estadão
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